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sábado, 23 de outubro de 2010

A Magia do Palco


Pois é, foi-se mais uma apresentação de teatro da minha vida. E mais uma apresentação de teatro na vida do Colégio das Américas. O elenco surpreendeu-me nessa apresentação, pois há um mês atrás achei que não conseguiríamos estrear, mas digo com toda segurança que esse foi o processo de montagem de uma peça mais estressante e cansativo que já tive na vida.
Eu disse para quem eu convidara à ver a peça que baixasse as expectativas, pois parecia que o processo não daria um resultado muito bom, mas ao término da segunda apresentação, Betão me disse uma frase que me intrigou um pouco: "É que o palco é mágico". Na mesma hora argumentei: "Ué, mas nós ensaiamos todos os dias nesse mesmo palco e continuava tudo o mesmo desastre!", e então reconstruí a frase dele: "É que o palco no dia da apresentação é mágico". Nós dois concordamos com essa frase, pois já sabemos muito bem como foram outros processos de criação de peças no Américas, e sempre no dia da apresentação, todos brilham como nunca brilharam.
Apesar de todos os elogios e cumprimentos dos pais, amigos e outros espectadores da última apresentação, o processo foi extremamente estressante, isso devido à alguns atores (não citarei nomes, mas caso leiam, espero que saibam que falo deles). Ao longo do processo, tivemos muitas desistências, mas não culpo os que saíram no começo do 2º semestre, mas os que saíram em seu final, pois esses só nos davam dor-de-cabeça e deram até quando saíram. Digo com a maior segurança do mundo: a saída de vocês nos ajudou não porque vocês "eram ruins", a questão não ser bom ou ruim, mas sim que vocês não estavam a fim de participar, não queriam participar da apresentação, só queriam ficar conversando e fazendo nada, e ainda reclamavam quando eram chamados. Não está a fim de fazer? Pode ir embora, a porta da rua é serventia da casa. Acreditem, muitas vezes tive vontade de dizer isso à alguns deles.
Mas não pensem que foram só os que saíram que atrapalhavam. Alguns que ficaram continuaram o "legado de atrapalhação", levando ensaios cada vez mais pra baixo, desanimando e desconcentrando àqueles que queriam fazer algo sério. Na verdade, o pior de tudo pra mim nessa história é que não tenho mais vontade de fazer montagem nenhuma com esse elenco. Não que o problema seja o elenco todo, mas é que se as coisas seguirem como estão, eu não quero participar o processo, pois se tem uma cosia que eu odeio num curso livre de teatro é má vontade de apresentar. E é como meu pai disse várias vezes: ou eles são burros ou estão de sacanagem, pois acaba-se de falar algo e eles continuam a fazer o que não deveriam. Mas não culpo o elenco todo, pois existem pessoas nele que eu gostaria de ver novamente no teatro, e algumas dessas pessoas disseram que continuarão ano que vem, o que já é uma grande notícia pra mim.
Na verdade, se saísse uma única pessoa específica do elenco, creio que nosso problema se resolveria em torno de uns 50%, mas duvido que essa pessoa saia, pois ela é um tanto quanto "protegida" por uma parte das demais, mas meu pai já disse que tomará providências para o ano que vem caso essa pessoa continue, pois ele não suporta ficar dependendo de alguém e esse alguém o sacanear, ele dá o troco como deve ser dado.
Apesar de tudo isso, apresentamos, demos risadas, nos divertimos e os públicos das duas apresentações gostaram, e no final é só isso que importa para os atores. Todas as apresentações tem erros, mas sempre, aos trancos e barrancos, apresentamos, quaisquer que sejam os elencos ou as montagens. Só espero que o ano que vem seja diferente deste, e que seja melhor pelo amor de deus, não quero nem pensar em algo pior do que já foi...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Não Se Governa Sozinho(a)


Pois é, meus caros leitores de blog, só o título do post já fala do que se trata: política, ou mais especificamente, "política presidencial", que envolve o cargo do "maior poder" dentro das democracias. Quero, no entanto, focar no Brasil, o país do autor deste blog e deste post. Quero, por meio da verdade nua e crua, que muitos parecem se esquecer quando lhes é conveniente, mostrar o que o título diz: não se governa sozinho(a).
Apontar e criticar é fácil. Estou mentindo? Não é muito fácil ficar no conforto de sua cadeira, a frente de papéis ou do monitor do seu computador e, por meio de palavras e afirmações que até certo ponto possam ser verdadeiras, criticar um determinado político? Claro que é. Não sejam hipócritas de dizer que não é. Claro que é. Mas os que fazem isso se esquecem de um fato de extrema importância, e que lhes lembrarei agora: NINGUÉM MANDA SOZINHO NUM PAÍS, PORRA! Chamarei tais pessoas de Anti-Razão,
pois usarei-as mais a frente neste post.
Mesmo numa ditadura, o poder é dividido entre vários líderes escolhidos por sua competência por seus companheiros, mas como estamos numa democracia (que pra quem não saiba: dêmos: povo, população. Krátos: exprime a noção de governo, poder), esses líderes são escolhidos por nós, cidadãos, portanto a maioria de nós decide o que é melhor para o nosso país no momento. Nossos governantes não são aqueles que você escolheu? Paciência, aguente pois são aqueles que a maioria escolheu melhor para nós. Tenho a esperança de não sermos 190 milhões de idiotas, que escolhem, a cada eleição, os piores candidatos para nos comandarem.
Muitos Anti-Razão dizem que determinados políticos são (com o perdão da expressão) filhos da puta, mas façamos simulações de suas justificativas (Anti-Razão / Razão): Tal político é um filho da puta! Mas por que você diz isso? Porque ele roubou $$$ dos cofres públicos! Isso é uma coisa, algo totalmente plausível e aceitável, mas vejamos outro exemplo, um que faça jus ao nome "Anti-Razão": Tal político é um filho da puta! Mas por que você diz isso? Porque ele disse que ia fazer isso e não fez, é um tremendo filho da puta! Espera lá! Não fez o que disse que ia fazer... Mas será que foi simplesmente por que ele não quis fazer? Será que outros políticos mais filhos da puta que o 1º impediram-no de fazer aquilo que disse que faria e tentou fazer? É o que muitos acabam confundindo e achando que estão juntos, quando na verdade estão muito bem separados.
Nós votamos em deputados, senadores, prefeitos, governadores e em presidentes em todas as eleições. Se Nossa Excelência, o presidente da república, governasse sozinho, seria uma tremenda idiotice termos que votar em tantas marionetes assim, não acham? Não defendo nem ataco nenhum partido político neste post, tenho sim minhas preferências, e me irrito quando vejo gente criticando-as dizendo que são filhos da puta por não terem feito o que disseram que iam fazer. Se quiserem, vejam os candidatos em que votaram pra ver se fazem o que disseram/dizem que iam/vão fazer, tenho quase certeza que terão uma desagradável surpresa.
Ninguém governa sozinho. Nem presidentes, nem governadores e nem prefeitos. Todos dependem daqueles a sua volta, e se os a sua volta não querem fazer algo, não será ele, o bode expiatório, que a fará acontecer. Para aqueles cuja compreensão é mais lenta, direi mais algumas vezes, para que a mensagem fique clara: Ninguém governa sozinho(a).
Ninguém governa sozinho(a).
Ninguém governa sozinho(a).
Ninguém governa sozinho(a).
Ninguém governa sozinho(a).
Ninguém governa sozinho(a).
Ninguém governa sozinho(a).
Espero que agora tenham entendido essa mensagem simples e já conhecida por você, leitor. E espero, com sinceridade, que você não seja mais um do grupo Anti-Razão para querer desmentir este fato.