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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um Mundo Branco e Azul


Aviso desde o início: este será um "post poético", então não esperem assuntos polêmicos, grandes críticas nem algo do gênero. Mas ontem eu decidi que deveria escrevê-lo, pois queria que os leitores desse blog imaginassem (ou pelo menos tentassem imaginar) o por que de eu escrever esse post, ou melhor, tentassem imaginar a sensação que me levou a escrever esse post. É, assim fica um pouco melhor descrito...
Dia 20 de Dezembro eu fiz uma viagem para Florianópolis, para a casa da minha tia por parte de mãe (coloco esse comentário apesar de eu não ter uma tia por parte de pai) juntamente com minha mãe e minha avó. Apesar do meu medo de altura, não tenho muito medo de voar de avião (ou pelo menos acho que não tenho). E como bom viajante que NÃO sou, fui na janela da fileira 17, no assento A. Apesar de estarmos ao lado da asa do avião (para o desgosto de minha avó, que foi ao meu lado), eu ainda podia ver um pouco da paisagem se me movesse um pouco para frente, e foi o que fiz em boa parte da viagem de uma hora.  E pela janela pude ver uma paisagem inexistente: grandes porções de nuvens formando "ilhas", que eram rodeadas pelo nosso mar, apesar de muito distante das mesmas. E o mesmo "fenômeno" se espalhava até o horizonte, mostrando um mundo infinito e inalcançado: o mundo das nuvens.
Chegamos à Florianópolis. Minha avó ficou na casa do meu tio (o irmão mais novo da minha mãe) enquanto eu e ela ficamos na casa da minha tia. Os dias ficavam monótonos lá porque em muitos dias choveu, impedindo-nos de ir à praia (o que não é um grande problema pra mim, porque não sou muito fã de praia). Minha tia mora com dois gatos que ela considera como filhos (já que ela não teve filhos por opção), e não tínhamos muito o que fazer tanto na casa dela quanto na nossa, que também é dela. Levamos alguns livros (eu levei alguns de meus mangas) e tínhamos o laptop da minha mãe, que era dividido entre mim e ela, o que não deixava muito tempo para grandes diversões com grandes jogos, visto que ela também não queria que ficasse baixando arquivos no computador dela (foi uma briga pra eu baixar meus animes, que não trariam risco nenhum ao computador).
No entanto, minha sorte mudou. No dia 24 de Dezembro, véspera de Natal, fomos à casa do meu tio para trocarmos os presente de amigo secreto e para "ceiarmos". Foi tudo muito bom, vi meu primo e minha priminha que não via há tempos, e pareceu que minha prima gostou muito de mim, pois tínhamos muitos "interesses tecnológicos e interativos" semelhantes (video-games e afins), mas depois voltamos para casa da minha tia. Mas no dia seguinte, eles mesmos ligam pra casa da minha convidando-me para ficar com eles até o final da minha estadia em Floripa. Obviamente aceitei. Achei que tudo seria ótimo e maravilhoso, que nós, os 3 primos, iríamos nos divertir muito, mas não contávamos com uma coisa: o amigo que meu primo levou pra casa dos meus tios ficou doente e a forte gripe dele se espalhou pelos "moradores" da casa do meu tio. Somente eu e minha avó não fomos infectados, minha prima e meu primo foram os que mais sofreram, e minha prima só melhorou ontem, dia 29 de Dezembro, o dia que eu voltava pra São Paulo.
Me diverti lá, mas queria ter ficado um pouco mais e ter curtido um pouco mais a minha prima, afinal nos vemos bem raramente. E mesmo com a carinha triste dela quando fui me despedir, disse que nos veríamos de novo, que com certeza eu voltaria, e então um sorriso se abriu em seu rosto. E então, fui para o aeroporto e peguei o avião de volta, e depois de passar pela camada de nuvens, vi o que me fez escrever esse post: um pôr-do-sol arco-íris. Começando no laranja e avançando para vermelho, amarelo, verde, azul, anil e bem fracamente, o roxo. Um pôr-do-sol arco-íris logo acima das "ilhas de nuvens" rodeadas pelo mar azul, enquanto acima dele estava o azul do céu. Foi a coisa mais linda que vi na viagem toda e guardarei pra sempre aquela imagem na minha mente, mas infelizmente não estava com minha câmera pra tirar uma foto.
Mas então presenciei seu fim: uma camada azul escura começava a subir do laranja, empurrando as cores a se espremerem no pouco espaço que ainda tinham. Era uma batalha pacífica: o azul escuro empurrava o pôr-do-sol arco-íris, que tentava se manter em seu lugar, mas acabou perdendo, e então a paisagem da janela da poltrona 29-F tornou-se azul escura e branca. Mas se você já ouviu a frase "nunca olhe para trás", esqueça-a, pois ao olhar para trás eu vi novamente aquele pôr-do-sol arco-íris inesquecível, sumindo somente por eu me afastar cada vez mais dele, rumo à uma bela noite. E de repente, algumas "ilhas de nuvem" começaram a se tornar amareladas, e quando abriu-se um espaço entre elas, pude ver o labirinto preto e amarelo abaixo de mim: os primeiros traços de cidade que pude ver depois de Florianópolis. E então, ao vê-la como um todo, vi que a cidade era um labirinto lógico e muito bem construído: retângulos, trapézios, arcos e circunferências, nada mal colocado quando avistado de um avião.
E por incrível que pareça, vi poucos prédios. Não sei se era só perto de Guarulhos, mas a maioria que cercava o aeroporto eram casas de telhados marrons. E perto da aterrisagem pensei que usaria o pôr-do-sol arco-íris que vi em alguma das minhas histórias, para que assim meus futuros leitores também possam apreciar tal beleza da natureza, apesar de não da mesma forma que eu apreciei. E com tudo isso em mente, juntamente com a imagem que valeu toda a minha viagem, o avião aterrissou.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Criança Interior


De novo e novamente um post light, no entanto um pouco menos light do que foi "Paixão por Ler e Escrever"", mas vamos lá. Este post tem embasamento em algo que ouvi meu pai dizer não diretamente pra mim, mas para todos os alunos do curso de teatro, e suas palavras me fizeram perceber que me encaixo na situação por ele descrita. E dou-lhes uma pista caso ainda não tenham descoberto do que se trata o post: ele fala sobre nossas crianças interiores (ah vá...). Ah, e antes que vocês pensem: não, não é uma foto minha do futuro e outra do passado, apesar dos óculos, da cara redonda e do cabelo preto. Não, esse não sou eu, mas peguei a foto porque até combina um pouco com minhas "condições físicas".
Muitos acabam esquecendo-se do que é a nossa criança interior: ela é simplesmente o nosso lado de criança que ficou dentro de nós mas que nunca morreu, pois uma parte nossa não pode morrer sem que todo o resto morra juntamente com ela. Isso inclui nosso lado criança, nosso lado adolescente e porque não dizer, o nosso lado adulto também, quando já somos idosos. Ela está lá, guardada dentro de nós, no fundo de nosso âmago, ela está aqui, tenham certeza disso, caros leitores.
Bom, voltando à aula de teatro referida, meu pai falava sobre manter nossa criança interior bem viva e deixar que ela nos leve através do palco, com ações amalucadas e inesperadas, contanto que as mesmas tornem a apresentação mais divertida. E logo após, ele disse mais ou menos isso: "No entanto, existem adultos que são crianças até hoje, pois soltaram demais sua criança interior. São crianções. Isso é mau, mas também mau você amadurecer rápido demais, ser muito sério e reservado, isolado. Amadurecer rápido demais também pode matar sua criança interior". Foi ai que eu percebi: eu começara a matar minha própria criança interior. Não por ser o 1º caso citado por ele, mas por ser o 2º. Eu mesmo sei que sou muito desenvolvido, que me desenvolvi demais e muitas vezes isso me traz elogios pela parte dos adultos, que se impressionam com um adolescente tão maduro quanto eles (e algumas vezes até mais) e com tão pouca idade. Pois é, só que descobri que isso acaba não sendo somente objeto para elogios.
Sou reservado sim, sou sério sim, e sinto como se não me encaixasse nesse "mundo adolescente" de hoje: baladas, bebedeiras, festas, festanças, curtições, azaração, pegação e coisas a fins. Sinto-me um tanto quanto deslocado em relação a essa maioria esmagadora, e acho que começo a entender o por que: porque eu começara a matar minha criança interior. No entanto sei que ela não está morta, não pelo fato somente de eu estar vivo, mas vejo que em alguns casos e situações, ela toma conta de mim, como por exemplo quando escrevo minhas histórias, cheias de aventura, comédia e ação, ou quando vejo animes com as mesmas temáticas das minhas histórias. Acho que é uma manifestação do meu lado criança, algo como um: "Você pode até não perceber, mas eu ainda estou aqui".
E não somente nesses casos, mas também quando estou com meus amigos, falando e fazendo bobagem e curtindo a juventude dos nossos jeitos, e apesar deles também não serem da maioria esmagadora, sinto como se eles estivessem mais conectados à ela do que eu.
Não matem sua criança interior. Deixe-a viver e ser livre para levar você a um mundo de prazeres e alegrias infantis, um mundo onde tudo é mágico e belo, onde fantasias o sonhos se mesclam com a nossa realidade. Deixem-se ser crianças, pois são elas, aqui dentro de cada um de nós, que nos impulsiona ao fantástico, ao involuntário, ao impensado ato que fazemos em determinados momentos, portanto são elas que nos levam a curtir mais nossas vidas, que fazem crer que novamente tudo é possível, mágico, belo, alegre, prazeroso e infantil. E sabem o que mais engraçado nisso? É que não importa a idade, não importa as experiências e coisas que tenhamos visto ao longo de nossas vidas, esses nossos "lados crianças" estão sempre certos ao dizerem como o mundo deve ser visto e aproveitado por nós.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Paixão por Ler e Escrever


Depois de um mês sem postar nada, venho com um post mais "light" (meu blog estava ficando muito crítico, não acham?). Bom, de qualquer forma, dessa vez não vim (a princípio) pra criticar algo ou alguém, e sim para falar um pouco mais deste que vos escreve e também daqueles que compartilham das mesmas paixões: ler e escrever (como já diz o título do post). Não lembro exatamente em que ano começou, mas lembro que quando ainda estava no colégio, tive um "surto literário", aliás, mais de um. Do 1º eu lembro muito bem da ocasião, mas do 2º não, e são respectivamente nessa ordem: escrever e ler.
Meu velho amigo Tacito (não é tácito: Que não está declarado mas que se subentende; Que não usa palavras ou a voz; Que não se mostra; Sossegado, calmo. Pelo contrário, ele não é nada disso) certo dia, resolveu desenvolver uma história que havia feito para a professora numa redação e que a sala gostou, pois a história era cômica; então, chamou os amigos (incluindo a mim) para opinar na história, dizendo até que poderíamos interpretá-la. Bom, ele escolheu o meu personagem e eu gostei da escolha, pois era o que eu mais gostara, no entanto o "figurino" era um tanto quanto errôneo, então argumentei que ficaria ruim de usar tal figurino, para que ele, como líder e autor, fizesse algumas mudanças para tornar a possível interpretação. Então ele, como líder autoritário que foi, disse que não mudaria nada, se irritando comigo pela minha argumentação, alegando que a história era dele, assim seria e não mudaria. Eu, orgulhoso como sou, disse que estava fora pois não faria tal interpretação com um "figurino" absurdo como ele havia proposto, só que antes de eu me distanciar dele naquele dia, ele me desafiou a escrever algo melhor, e eu topei o desafio. Quando cheguei em casa, já comecei a escrever. Bom, estou nessa até hoje, porque nenhuma das minhas histórias grandes foi terminada para que eu pudesse apresentá-la como adversária à história dele, que teve continuações, mas não tão boas quando a 1ª. Pois é, foi um desafio de um amigo no fundamental 2 que fez minha mente se abrir para o universo literário.
A 2ª não chega a ser tão dramática quando a 1ª, mas também é um marco importante: os alunos da escola normalmente alugavam, na biblioteca, os livros que eram necessários para as provas, raramente alugavam um pelo prazer de lê-los (o que acho um erro terrível). Eu, na época não muito diferente dos outros, alugava, normalmente, livros só para as provas, até chegar a prova do livro "A Droga da Obediência", de Pedro Bandeira, livro que me interessei muito, e quando soube que era uma série, ai que fiquei mesmo estimulado a lê-la (Livros da série "Os Karas"[grupo adolescente principal das obras]: "A Droga da Obediência", "Pântano de Sangue", "Anjo da Morte", "A Droga do Amor" e "Droga de Americana"). Após terminar essa série, fiquei curioso para ver o que mais Pedro Bandeira havia escrito, então alugava e leia vários livros dele. Descobri então um excelente autor de histórias infanto-juvenis, só que chegou uma hora em que as obras dele disponíveis na biblioteca acabaram, então comecei a ler obras que estavam perto das obras dele na estante, também obras infanto-juvenis muito boas. Eu lia tanto (pois tinha muito tempo livre) que num dia só cheguei a alugar (e terminar) três livros, impressionando a bibliotecária, que falou com a coordenação e rapidamente fizeram uma matéria sobre mim para o site do colégio, em que escrevi algumas palavras bonitas, achando que nenhum autor as leria. Doce ilusão...
Não sei se no ano seguinte ou no mesmo ano, um dia antes do Dia das Crianças, uma amiga da minha mãe (e minha também) ligou pra minha casa de noite, dizendo que no canal tal o Pedro Bandeira, juntamente com o Ziraldo, estavam dando uma entrevista, e então eu e minha mãe começamos a assistir. Passado um tempo, eles disseram que estariam na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos dando autógrafos e tal, então eu e minha mãe resolvemos ir, mas o problema é que ela havia imprimido a matéria da escola sobre minha assiduidade literária e resolveu levá-la, e eu, idiota que fui, falei que estava tudo bem em ela levar. Chegando lá, minha mãe comprou três livros (todos do Pedro Bandeira, mas com um deles ilustrado pelo Ziraldo) para que eles autografarem. No meio da fila notei a merda que fiz deixando minha mãe levar a tal matéria, e quando chegou minha vez de ganhar os autógrafos, começou o diálogo:
-Seu nome? - perguntou Pedro Bandeira
-Bárbaro - respondi eu
-Bárbaro? Nossa, que nome diferente!
E batíamos papo: eu, minha mãe, Pedro Bandeira e o Ziraldo, enquanto autografavam outros livros. Minha mãe perguntou sobre o 6º livro da série "Os Karas" ("A Droga Virtual") que dizia ter sido escrito pelo Pedro Bandeira, e ele explicou que não escrevera o livro, e que possivelmente não escreveria, pois se tratava de tecnologia, então seria difícil escrever, pois pouco tempo depois já poderia ser obsoleta, fazendo a obra perder força:
-Ah, deixa de besteira! - intrometeu-se o Ziraldo - Escreve logo esse livro cara!
Papo vai, papo vem, e finalmente minha mãe mostrou a matéria ao Pedro Bandeira, a ele, meu autor brasileiro favorito. Ele leria aquelas palavras bonitas e melosas que escrevi julgando que nenhum autor profissional leria, muito menos meu autor favorito!:
-Ei Ziraldo, lê isso aqui - disse o Pedro Bandeira, passando a folha ao Ziraldo - Olha só o que ele escreveu
-Puxa, você escreveu isso? - perguntou Ziraldo, parecendo um pouco surpreso, após ler
-Sim... - disse eu, timida e envergonhadamente
-Puxa, isso é muito bom! - disse Ziraldo, com Pedro Bandeira concordando ao seu lado
Me elogiaram muito e me incentivaram ao ouvirem minha mãe dizer que queria ser escritor, e até hoje tenho os livros autografados por eles: "Grande abraço, Bárbaro, dos seus amigos Pedro Bandeira e Ziraldo"
Esses são os dois grandes motivos das minha paixões de ler e de escrever, o começo do 2º não foi dramático, mas o final com certeza foi (não é?). Continuo escrevendo histórias até hoje, já pensei em várias histórias, em centenas, pra falar a verdade, mas poucas realmente eu comecei a escrever, mas ainda busco realizar meu sonho de um dia, quem sabe, virar um escritor profissional e publicar vários livros (não sei se como profissão, mas gostaria muito de fazer isso). Por isso eu digo: escrevam. Leiam. Sobre qualquer coisa, sobre o que vocês gostam ou não gostam, alguns podem até dizer que está ruim e coisa e tal, mas sempre haverá alguém que gostará do que você escrever, por isso escrevam para que, talvez, este que vos escreve possa ser uma dessas pessoas que apreciam as histórias de vocês.
Grande abraço, do seu amigo Bárbaro.

sábado, 23 de outubro de 2010

A Magia do Palco


Pois é, foi-se mais uma apresentação de teatro da minha vida. E mais uma apresentação de teatro na vida do Colégio das Américas. O elenco surpreendeu-me nessa apresentação, pois há um mês atrás achei que não conseguiríamos estrear, mas digo com toda segurança que esse foi o processo de montagem de uma peça mais estressante e cansativo que já tive na vida.
Eu disse para quem eu convidara à ver a peça que baixasse as expectativas, pois parecia que o processo não daria um resultado muito bom, mas ao término da segunda apresentação, Betão me disse uma frase que me intrigou um pouco: "É que o palco é mágico". Na mesma hora argumentei: "Ué, mas nós ensaiamos todos os dias nesse mesmo palco e continuava tudo o mesmo desastre!", e então reconstruí a frase dele: "É que o palco no dia da apresentação é mágico". Nós dois concordamos com essa frase, pois já sabemos muito bem como foram outros processos de criação de peças no Américas, e sempre no dia da apresentação, todos brilham como nunca brilharam.
Apesar de todos os elogios e cumprimentos dos pais, amigos e outros espectadores da última apresentação, o processo foi extremamente estressante, isso devido à alguns atores (não citarei nomes, mas caso leiam, espero que saibam que falo deles). Ao longo do processo, tivemos muitas desistências, mas não culpo os que saíram no começo do 2º semestre, mas os que saíram em seu final, pois esses só nos davam dor-de-cabeça e deram até quando saíram. Digo com a maior segurança do mundo: a saída de vocês nos ajudou não porque vocês "eram ruins", a questão não ser bom ou ruim, mas sim que vocês não estavam a fim de participar, não queriam participar da apresentação, só queriam ficar conversando e fazendo nada, e ainda reclamavam quando eram chamados. Não está a fim de fazer? Pode ir embora, a porta da rua é serventia da casa. Acreditem, muitas vezes tive vontade de dizer isso à alguns deles.
Mas não pensem que foram só os que saíram que atrapalhavam. Alguns que ficaram continuaram o "legado de atrapalhação", levando ensaios cada vez mais pra baixo, desanimando e desconcentrando àqueles que queriam fazer algo sério. Na verdade, o pior de tudo pra mim nessa história é que não tenho mais vontade de fazer montagem nenhuma com esse elenco. Não que o problema seja o elenco todo, mas é que se as coisas seguirem como estão, eu não quero participar o processo, pois se tem uma cosia que eu odeio num curso livre de teatro é má vontade de apresentar. E é como meu pai disse várias vezes: ou eles são burros ou estão de sacanagem, pois acaba-se de falar algo e eles continuam a fazer o que não deveriam. Mas não culpo o elenco todo, pois existem pessoas nele que eu gostaria de ver novamente no teatro, e algumas dessas pessoas disseram que continuarão ano que vem, o que já é uma grande notícia pra mim.
Na verdade, se saísse uma única pessoa específica do elenco, creio que nosso problema se resolveria em torno de uns 50%, mas duvido que essa pessoa saia, pois ela é um tanto quanto "protegida" por uma parte das demais, mas meu pai já disse que tomará providências para o ano que vem caso essa pessoa continue, pois ele não suporta ficar dependendo de alguém e esse alguém o sacanear, ele dá o troco como deve ser dado.
Apesar de tudo isso, apresentamos, demos risadas, nos divertimos e os públicos das duas apresentações gostaram, e no final é só isso que importa para os atores. Todas as apresentações tem erros, mas sempre, aos trancos e barrancos, apresentamos, quaisquer que sejam os elencos ou as montagens. Só espero que o ano que vem seja diferente deste, e que seja melhor pelo amor de deus, não quero nem pensar em algo pior do que já foi...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Não Se Governa Sozinho(a)


Pois é, meus caros leitores de blog, só o título do post já fala do que se trata: política, ou mais especificamente, "política presidencial", que envolve o cargo do "maior poder" dentro das democracias. Quero, no entanto, focar no Brasil, o país do autor deste blog e deste post. Quero, por meio da verdade nua e crua, que muitos parecem se esquecer quando lhes é conveniente, mostrar o que o título diz: não se governa sozinho(a).
Apontar e criticar é fácil. Estou mentindo? Não é muito fácil ficar no conforto de sua cadeira, a frente de papéis ou do monitor do seu computador e, por meio de palavras e afirmações que até certo ponto possam ser verdadeiras, criticar um determinado político? Claro que é. Não sejam hipócritas de dizer que não é. Claro que é. Mas os que fazem isso se esquecem de um fato de extrema importância, e que lhes lembrarei agora: NINGUÉM MANDA SOZINHO NUM PAÍS, PORRA! Chamarei tais pessoas de Anti-Razão,
pois usarei-as mais a frente neste post.
Mesmo numa ditadura, o poder é dividido entre vários líderes escolhidos por sua competência por seus companheiros, mas como estamos numa democracia (que pra quem não saiba: dêmos: povo, população. Krátos: exprime a noção de governo, poder), esses líderes são escolhidos por nós, cidadãos, portanto a maioria de nós decide o que é melhor para o nosso país no momento. Nossos governantes não são aqueles que você escolheu? Paciência, aguente pois são aqueles que a maioria escolheu melhor para nós. Tenho a esperança de não sermos 190 milhões de idiotas, que escolhem, a cada eleição, os piores candidatos para nos comandarem.
Muitos Anti-Razão dizem que determinados políticos são (com o perdão da expressão) filhos da puta, mas façamos simulações de suas justificativas (Anti-Razão / Razão): Tal político é um filho da puta! Mas por que você diz isso? Porque ele roubou $$$ dos cofres públicos! Isso é uma coisa, algo totalmente plausível e aceitável, mas vejamos outro exemplo, um que faça jus ao nome "Anti-Razão": Tal político é um filho da puta! Mas por que você diz isso? Porque ele disse que ia fazer isso e não fez, é um tremendo filho da puta! Espera lá! Não fez o que disse que ia fazer... Mas será que foi simplesmente por que ele não quis fazer? Será que outros políticos mais filhos da puta que o 1º impediram-no de fazer aquilo que disse que faria e tentou fazer? É o que muitos acabam confundindo e achando que estão juntos, quando na verdade estão muito bem separados.
Nós votamos em deputados, senadores, prefeitos, governadores e em presidentes em todas as eleições. Se Nossa Excelência, o presidente da república, governasse sozinho, seria uma tremenda idiotice termos que votar em tantas marionetes assim, não acham? Não defendo nem ataco nenhum partido político neste post, tenho sim minhas preferências, e me irrito quando vejo gente criticando-as dizendo que são filhos da puta por não terem feito o que disseram que iam fazer. Se quiserem, vejam os candidatos em que votaram pra ver se fazem o que disseram/dizem que iam/vão fazer, tenho quase certeza que terão uma desagradável surpresa.
Ninguém governa sozinho. Nem presidentes, nem governadores e nem prefeitos. Todos dependem daqueles a sua volta, e se os a sua volta não querem fazer algo, não será ele, o bode expiatório, que a fará acontecer. Para aqueles cuja compreensão é mais lenta, direi mais algumas vezes, para que a mensagem fique clara: Ninguém governa sozinho(a).
Ninguém governa sozinho(a).
Ninguém governa sozinho(a).
Ninguém governa sozinho(a).
Ninguém governa sozinho(a).
Ninguém governa sozinho(a).
Ninguém governa sozinho(a).
Espero que agora tenham entendido essa mensagem simples e já conhecida por você, leitor. E espero, com sinceridade, que você não seja mais um do grupo Anti-Razão para querer desmentir este fato.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Minha Vida Como Ela É


Vida: o período de tempo que decorre desde o nascimento até à morte dos seres. Modo de viver. Comportamento. Alimentação e necessidade da vida. Ocupação, profissão, carreira. Princípio de existência, de força, de entusiasmo, de atividade (diz-se das pessoas e das coisas). Fundamento, essência; causa, origem. Biografia. Essa é a definição do dicionário para a palavra vida, mas pensemos: será que é só isso mesmo?
Vida é o que vivenciamos todos os dias de nossa... Vida (pois é, estou redundante e repetitivo neste post). Devemos ser mais emocionais do que racionais nela? Não sei dizer, isso vai de cada um; vai de cada caminho que cada um escolheu em sua própria vida. Somos mais de 6 bilhões nesse pequeno planeta de apenas 149.597.870,691 km de raio orbital, e cada um de nós tem seu próprio caminho, sua própria estrada à seguir (isso sem contar aquelas centenas de milhares que vieram antes de nós e as outras centenas de milhares que virão depois [assim espero...]). Resumindo: são muitos caminhos, são muitas estradas, são muitas vidas; e por mais que queiramos calcular isso, colocar no papel, em números lógicos e coisa e tal, não conseguiremos alcançar nosso objetivo, pois é um número que aumenta, diminui, oscila, varia e dá cambalhotas a nossa frente antes de sabermos qual a placa do caminhão que passou em cima do nosso pé.
No entanto, podemos afirmar algumas coisas sobre a "Vida": A vida não seria nada sem amigos, família, amor e outras tantas coisas que também são impossíveis de contar. Muitos dizem que o objetivo de todos na vida deve ser: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Nem todos conseguem isso (não por não serem capazes, mas por não terem a oportunidade de tentar), mas pode-se dizer que é uma boa meta-base para a vida de todos, o que não quer dizer que devamos fazer isso antes de fazermos outra coisa ou que devamos fazer isso antes de morrer. Outra questão importante: pra que serve a vida? Por que vivemos? Há tempos atrás eu tive uma ideia desse porque: me veio a ideia de que estamos aqui para deixar nossa marca neste planeta. Que tipo de marca? Qualquer uma. Podemos escrever um livro que inspire alguém a fazer algo diferente de sua vida. Podemos construir um prédio que sedie, um dia, uma reunião de negócios importante. Podemos deixar vários tipos de marca, mas por favor, leitores, prefiram as boas marcas: não matem, não roubem, não sacaneiem, pois isso só deixará a marca de "filho-da-puta" pra vocês. É uma marca, mas concordemos: não é uma das melhores, né?
A essa hora vocês devem estar se perguntando: tá tudo bem, esse post é foda, essa cara escreve pra caramba (brincadeira, tá?), mas o que diabos isso tem a ver com essa foto lá no começo do post? Eu respondo essa pra vocês: essa, meus caros leitores, é uma grande amiga minha, aliás minha melhor amiga. Ela influenciou muito na minha vida escolar e um bocado na minha vida pessoal, tivemos lá nossos desentendimentos e tal, mas que amigo que não tem isso? Bom, esse post é em homenagem a ela, que me inspirou a escrevê-lo e que possui partes escritas por ela (não diretamente, mas eu copiei de coisas que ela escrevera anteriormente). Essa garota é foda, escreve pra caramba e é uma grande pessoa. Realmente, uma garota de ouro (sim, eu pago pau pra ela, mas não num sentido sexual). Não direi quem ela, mas provavelmente vocês devem saber quem é (se não sabem olhem os comentários, pois tenho quase certeza que ela se entregará quando comentar esse post).
A vida é muito complicada de se entender. A vida é muito fácil de se entender. Como se começa a entender a vida? Bem, começa-se pelo começo de tudo, pela primeira letra que nos vem à cabeça quando pensamos no alfabeto. "A", de Astuta. "A", de amiga. "A", de Amorosa. "A" de um monte de coisa...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Mundo Sem Preconceito Ainda Não Nasceu


Essa é a triste verdade, meus leitores de blog. Dizer que nosso mundo é desprovido de preconceito é ser idiota, é ser mentiroso e ,o pior de tudo, é ser preconceituoso. Nosso mundo tem preconceito SIM e ao invés de extinguí-lo, as organizações governamentais o alimentam. Algumas fazem isso sem perceber (o que não deixa de ser burrice da parte delas) e outras fazem porque nem se importam que essa planta podre ainda cresça no jardim mundial.
Negros, orientais, latinos, mulheres, judeus, pobres, mestiços, indígenas, crianças, idosos, adolescentes, pessoas com deficiências (físicas e psicológicas). Existem inúmeros preconceitos com relação a inúmeros grupos de pessoas, e todos eles baseados em que? Bom, essa é uma pergunta que eu gostaria de saber responder, porque pra mim isso não tem base lógica, não há motivo que explique tudo o que esses grupos de pessoas sofreram e sofrem. O preconceito é uma erva daninha, plantada em nossas mentes desde o nascimento. Por quem? Não sei dizer, mas alguém a plantou, porque alguém sem nenhum tipo de preconceito é uma pessoa divina no quadro atual do mundo. E por mais que essa pessoa exista (e gostaria muito de conhecê-la), algum dia ela será infectada como fomos todos nós, tornando-se parte da maioria não-pensante. A nossa maioria.
TODOS somos preconceituosos. Essas "pessoas divinas" são crianças que ainda não compreendem o que é o preconceito, porque com certeza algum adulto ou adolescente plantou ou está plantando a planta maldita em sua pequena cabeça pura. Eu tenho preconceito, você tem preconceito, sua mãe tem preconceito, seu pai tem preconceito, seus amigos tem, os pais de seus amigos tem, os governantes tem preconceito e por que não dizer, o mundo tem preconceito. E de que o mundo teria preconceito, vocês podem se perguntar, e então eu lhes respondo: o mundo tem preconceito dele mesmo. Tudo por causa da planta podre que nos infecta e nos faz infectar tudo e a todos ao nosso redor.
Como essas plantas podres crescem e se multiplicam se elas são tão podres? Simples: elas se alimentam. Se alimentam da falta de interesse das pessoas em acabar com elas. Um "belíssimo" exemplo de alimentação ao preconceito são as cotas raciais em faculdades. Pra começo de conversa, por que dividir os vestibulandos em "etnias"? (um nome "embelezado" para raças, pois fica feio para as faculdades colocar "raça" como pergunta ao candidato) O que isso importa para o vestibular? E ai é que entram as cotas, criadas para que afro-descendentes passem nas carreiras por eles escolhidas mais facilmente. Mas perguntem-se: e o que os orientais, os pardos, os indígenas e os brancos acham disso? Não me revolto contra as cotas só por ser branco, longe de mim, mas isso alimenta o preconceito pelos negros, pois quando ingressam na faculdade parece que só estão lá por conta das cotas (o que cria um preconceito) ou faz com que pessoas um pouco menos esforçadas do que outras tomem seus lugares, o que não é justo para quem se dedicou mais a passar no vestibular (o grande motivo do estudo de mais de 10 anos [para quem não repete de ano] de todas as pessoas). No entanto, não sou intransigente, estou aberto à discussões. Aceito outro ponto de vista, mas debaterei para defender o meu.
Um argumento contrário pode ser: "mas devido ao que sofreram no passado, eles merecem uma chance a mais nisso, deve ser um direito deles". Com o devido respeito: vá plantar batatas! O que é isso, "troca equivalente"? Isso não é alquimia, não se pode consertar algo dando algo de "mesmo valor" em troca. Não é assim que o mundo funciona, e garanto que os afro-descendentes não querem isso se realmente desejam uma igualdade de direitos com os euro-descendentes (o que acredito que tenha sido a busca deles durante todo o período de escravidão e tal que todos já cansamos de ouvir falar [sempre visto do ponto de vista do euro-descendente, claro]). Então, se quiserem debater seriamente sobre o assunto, arrumem argumentos melhores do que o que eu acabo de citar, belo bem das discussões.
Eu poderia ficar falando de preconceito para sempre, pois existem muitos casos e muitas formas de preconceito, mas isso só aumentaria esse post (e já acho que está bem grande) e me cansaria muito. Mas como já disse, estou disposto a debater sobre preconceito com quem quer que seja, basta que também afirme que ele existe em todos nós, pois senão nem darei ouvidos, pois não falo de um assunto tão sério com gente que não sabe admitir e conviver com o óbvio. No entanto, essa obviedade não pode durar para sempre, temos que ter consciência do preconceito e lutar para diminuí-lo ao máximo e quem sabe até extinguí-lo. Eu odeio ser pessimista, mas sempre acabo sendo: acho muito difícil erradicar o preconceito no nosso planetinha azul, porque pra mim, ele está verde de podre devido ao preconceito, assim como todos nós, que convivemos calados com essa planta amaldiçoada que nós mesmos criamos.

domingo, 12 de setembro de 2010

O Poder da Desculpa



Perdão de culpa ou ofensa. Alegação atenuante ou justificativa de culpa, ofensa, descuido. Escusa, pretexto. É desse modo que o dicionário Priberam define a palavra "desculpa". Creio até que os significados estejam certos, mas não há como definir num dicionário ou mesmo em um post o poder desta pequena palavra de 3 sílabas e 8 letras.
Quando usamos a palavra "desculpa"? Usamos, por exemplo, quando trombamos com um desconhecido na rua. Você não o viu, ele não te viu e aconteceu: "Desculpa" diz um dos dois, ou você ou ele. Mas essa é uma utilização banal da palavra, nos últimos tempos as palavras tem perdido seus poderes e significados mais profundos, e eu também (como um mero mortal) acabo desvalorizando as palavras, e uma delas é a "desculpa".
Existem coisas que nem precisam de desculpa, ou de seu primo bem parecido com ela, o "perdão". Só pelo ocorrido e pela reação dos envolvidos, eles, só com seus gestos, já pedem muitas "desculpa" e perdão" também. No entanto, o inverso também ocorre: existem coisas que precisam de muitas "desculpa" e "perdão", porque a pessoa "fez muita merda". No caso, falo, neste post, do 2º tipo: o de que as "desculpa" são necessárias. Não é de uma forma geral, não é generalizando para que todos usem, se quiserem podem usar, mas não é esse o meu objetivo. Este post é para uma pessoa em particular, uma garota, para ser mais exato. Quem me conhece e conhece o ocorrido já sabe de quem eu falo, então não é necessário dizer quem para ninguém, pois quem tem que saber já sabe, e espero que, caso um dia essa garota leia este post, saiba que é com ela que estou falando.
Eu me considero um cara muito pacífico, muito generoso e que ajudo muito a todos que me pedem ajuda, até onde eu sei, nunca fiz filha-da-putice com ninguém se essa pessoa não me fez nada (e creio que, mesmo se me fizesse alguma coisa, não faria filha-da-putice). No entanto, quando fazem algo para mim que acaba me ferindo, eu acabo ficando um pouco sentido, mas passa. Só que no caso dessa "garota anônima", ela feriu bem no órgão localizado na caixa torácica, levemente inclinado para esquerda e para baixo (mediastino médio), sendo constituído por uma massa contráctil, o miocárdio, revestido interiormente por uma membrana fina, o endocárdio, é envolvido por um saco fibro-seroso, o pericárdio. Sim, meus caros, falo do coração.
Essa garota já foi uma grande amiga minha, alguém que eu defendia e respeitava, e colocaria a mão no fogo por ela há tempos atrás. No entanto, repentinamente, ela cortou nossos laços e sem me dizer o por que do corte, pois se ela me explicasse, talvez eu entendesse o porque da situação atual.
Mas parece que, para ela, não bastava não nos falarmos, não bastava esse corte. Ela teria que pisar e massacrar para ter certeza que nada restaria de nossa amizade. E ela conseguiu: deu um pisão muito forte, e eu nem acreditei no pisão a princípio, que a propósito, feriu o coração fortemente. Mas dizia a lenda que ela usaria o poder das palavras para desfazer a "cagada" feita, pois estava arrependida. No entanto, paciência tem limite, como todos sabemos, e a minha durou só até um tempo (aliás, um bom tempo), e com isso, o tempo dela usar esse poder passou, e partir dai, nossos laços ficaram muito mais finos e muito mais longos. Ficamos sem nos falar e sem olhar no rosto um do outro (eu queria assim porque me magoei muito com o ocorrido), e é essa a situação que estamos hoje. No entanto, nesse ano, ela pisou muito mais fortemente no que restava dos nossos laços, e quando soube dessa pisão, juro a você, mundo, eu tive vontade de matá-la, algo que nunca tive vontade de fazer com ninguém, ainda mais alguém que um dia fora da minha turma.
Tenho raiva dela. Tenho ódio dela. A desprezo e não desejo nada para ela, nem bom nem mau. No entanto, ela, um dia que acabamos nos encontrando, agiu como se nada tivesse acontecido, o que me irritou ainda mais, e minha mente ordenou rapidamente ao meu corpo para se afastar, porque senão meu corpo poderia fechar um punho e desferi-lo sobre ela (coisa que não me agradaria nem um pouco).
Eu me considero um cara muito pacífico, muito generoso e que ajudo muito a todos que me pedem ajuda, e parece que minha natureza, apesar de todos os pisões, não muda. Por mais que eu queria não ter mais nenhum laço com ela novamente, sinto que, bem no fundo do meu coração, ainda há um único laço, invisível a olho nu, longo e fino o suficiente para não ser notado, que me une ao coração dela, e esse é um laço que ela não despedaçará com facilidade. Por mais que ela tenha sido filha da puta e que eu a odeie, sinto como se eu não a odiasse totalmente. O estrago está feito, mas pode ser reparado. A iniciativa deve ser dela, e se ela não sabe como começar, eu digo, caso ela esteja lendo: comece utilizando um poder pouco utilizado nos dias de hoje, porém muito poderoso, que pode unir corações e reparar laços pisados. Esse poder está numa pequena palavra de 3 sílabas e 8 letras: Desculpa

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Brasileiro: ou é Índio ou é Favelado



Hoje, na desestimulante e desinteressante aula de Literatura do cursinho, a professora falava sobre a Semana de Arte Moderna, também conhecido como "A Semana de 22", e falava das temáticas das obras dos autores do "ocorrido". E então, também com o conhecimento da atualidade, perguntei a mim mesmo: "É isso que é ser brasileiro?".
"Nacionalismo", segundo a Wikipédia, é, em sentido estrito, um sentimento de valorização marcado pela aproximação e identificação com uma nação, mais precisamente com o ponto de vista ideológico. Tendo isso como base, podemos afirmar, com certeza absoluta, que os autores da Semana de 22 estavam buscando um nacionalismo brasileiro em suas obras? Pelo que analisei hoje, NÃO.
Ser brasileiro é ser índio? Nada contra os indígenas, que eram donos de todo solo asfaltado em que pisamos, mas em pleno século XX, não venham dizer que o índio é a essência brasileira porque não é. Foi somente antes de 1500, antes da chegada dos portugueses, que abalaram este solo mais do que qualquer tremor que já aconteceu (e talvez que acontecerá). E ainda por cima, escrevem obras em que índios tem físicos e tipos europeus, em que índios negros como a noite "magicamente" tornam-se brancos. E o pior é que a maioria ainda bate palma para tais obras, dizendo se tratar da "abrasileiração" dos ideais e jeitos europeus.
Ser brasileiro é ser favelado? Nada contra os moradores de favelas, os quais eu respeito e admiro por serem guerreiros capazes de sobreviver apesar de todas as dificuldades. Esses sim, podemos dizer que são brasileiros e não desistem nunca. De acordo com o cinema produzido "por nós", brasileiros, é assim que somos, é assim que o Brasil é: bandidagem, assaltos, roubos, corrupção e mortes, porque é isso que está nos filmes brasileiros que fazem sucesso no exterior.
Nem a 6ª arte (Literatura) nem a 7ª arte (cinema) sabem como identificar o brasileiro, e olha que quem as faz para identificar o Brasil são brasileiros mesmo, não estrangeiros (porque afinal, eles acham que somos bandidos e assassinos primitivos, sem contar a histórias deles próprios, mas enfim...). O brasileiro é um cidadão trabalhador e sofrido, que se esforça muitas vezes além do limite para conseguir o pão para sua família. É alguém esforçado, que sempre busca melhores condições de vida para si e para seus "companheiros". É alguém que foi oprimido, que sofreu vários golpes na vida mas sempre se levanta para continuar em frente. Essa é a regra, mas como todos sabemos sempre existem as exceções...
O Brasil não é independente, o Brasil não teve sua nacionalidade marcada em 1922, na verdade nem nós mesmos sabemos quem somos. E não é pra menos, já que de tanta porrada que tomamos, começamos a duvidar até daquele que está ao nosso lado.
Se você perguntar para qualquer um: o que você prefere: favela ou morte? A maioria (espero eu) responderá: "Favela! Cinco vezes favela!", e largados no mundo, somos agora por nós mesmos. E enquanto formos dominados pela tropa de elite européia e americana, nunca sairemos do buraco em que estamos, mesmo ele não sendo tão fundo quanto pensamos. Vocês acham que, por exemplo, o Rio de Janeiro é uma "cidade de Deus"? Muito bem então... Respondam, com sinceridade pra mim e pra você mesmo: o que é uma "cidade do Diabo"?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

One Piece of my Life


Como já disse antes (e nunca cansarei de dizer), sou um otaku. Isto é, uma pessoa que gosta de animes, mangas (lê-se "mangás", mas se escreve sem o acento, mas não por causa da nova ortografia) e coisas relacionadas à cultura oriental japonesa. Já vi e vejo vários animes, a maioria bem conhecidos no Japão e alguns também aqui no Brasil: Naruto e sua continuação, Naruto Shippuuden (é um "Naruto Adolescente", para os que não conhecem), Bleach (não, não é alvejante e muito menos o álbum do Nirvana), Fairy Tail, Death Note (um belo thriller policial), Konjiki no Gash Bell ("Zatch Bell" na versão americana), Saint Seiya ("Os Cavaleiros do Zodíaco" no brasileiro, nome que aliás, faz muito mais sentido devido às sequências que vieram), Katekyo Hitman Reborn (seria algo como "Professor Particular Assassino Reborn", não mudando o final porque é o nome de um personagem do anime), Toriko, Cardfight! Vanguard (um outro anime de jogo de cartas), Yu-Gi-Oh! (tento ver né, porque é bem difícil achar alguém que legende) Ao no Exorcist ("O Exorcista Azul", em português. Um excelente anime de temática sobre natural) Digimon e Pokémon. Vi também Trigun, Bucky (uma série antiga mas muito boa), FullMetal Alchemist e a versão de total acordo com o manga, FullMetal Alchemist Brotherhood. Bom, já deu pra perceber que a lista será enorme, não? Mas dentre todos esses animes, existe um, único e especial, que faço questão de dizer "É o melhor!" e guardá-lo para o final da lista, no entanto com posição de destaque na minha preferência: One Piece
Falarei somente dos "Três Maiores" da lista e da atualidade do mundo anime: Naruto, Bleach e One Piece (que não estão nessa ordem em termos de audiência).
Primeiramente, Naruto, o xodó de muitas crianças brasileiras: admito que há alguns anos, quando vi o anime pela primeira vez no Cartoon Network, me encantei, achei muito mágico, cheio de ação e golpes incríveis, e principalmente com uma boa história. Pobre criança idiota fui eu. Digo, com a maior segurança do mundo, que Naruto, apesar de ter suas partes boas, sequências de ação e poderes especiais incríveis, É O ANIME MAIS MAL ESCRITO QUE EU JÁ VI NA MINHA VIDA! O autor da "obra", Masashi Kishimoto, não sabe aproveitar as chances que tem, e por vezes já escreveu uma coisa e depois destruiu o que ele próprio construiu. Isso pra mim, futuro autor de coisas do mesmo gênero (assim espero né...) é um crime que merece cadeia! Ele não se importa com a trama, mas sim a audiência de seu manga (para aqueles que conhecem o anime e o manga, leiam os capítulos 477 e 478, só para vocês terem uma noção do que é a audiência momentânea pra ele). Termino minha análise desta "obra" afirmando a todos uma coisa: eu só assisto essa "porra" (com o perdão da palavra) porque quero ver como acaba, porque pra mim, Naruto já foi destruído há muito tempo pelo próprio autor, agora ele só quer terminar de esmigalhar os pedaços que faltam.
Em seguida, falo de Bleach, um anime pouco conhecido aqui no Brasil mas que tem a suas qualidades: Bleach se baseia em lutas de espadas, as quais são travadas por "almas", e logicamente, existem as "almas más" que devem ser combatidas. Admiro muito o autor, Tite Kubo, e acho que ele fez uma grande obra, no entanto, pessoas reclamam, alegando que Bleach é uma cópia mal-feita do anime Yu Yu Hakusho, série um pouco antiga que tem a mesma temática. Não concordo nem discordo deles pois afinal não vi Yu Yu Hakusho, então vejam os dois e decidam por vocês mesmos. Acho a obra boa, mas o que acaba "ferrando" um pouco com ela é o fato de que as lutas de espada serem longas e duradouras nos capítulos de manga, enquanto que no anime levam poucos minutos, e isso força os animadores a fazerem a velha "enrolation", de modo a aumentar a distância entre anime e manga, o que acaba tornando o anime mais fraco e irritante para quem já conhece o manga (e digo também que a censura japonesa não ajuda em nada, pois cortam muita coisa, que no caso, são decepamentos de membros, só para evitar o choque das crianças japonesas, o que particularmente acho uma grande bobagem). Mas apesar das enrolações, Bleach é um anime que vale a pena assistir, tem alguns traços de comédia no meio e a ação é boa. Recomendo a todos.
Agora falo do meu xodó, o anime One Piece (sim, faço questão de colocar em negrito e com traço embaixo): esse anime, como diz o título do post, faz parte da minha vida. Hoje digo que só tenho um vício: One Piece. Sei muito sobre o anime, discuto teorias com meus amigos que também o curtem, afim, adoro TUDO que é relacionado ao anime. A temática é um tanto quanto inovadora e tem várias doses de humor "escrachado", o que faz o anime mais gostoso de ver e o manga mais gostoso de ler. Atualmente, o anime já passou dos 450 episódios e o manga chega quase em 600 capítulos, e o autor, Eiichiro Oda, fatura MUITO em cima do anime, mas ele não se importa com recordes de venda, de bilheteria nos cinemas, ele só quer nos contar uma boa história, que é um dos motivos do grande sucesso que faz. Digo também que mudou minha vida porque boa parte das inspirações que tenho para minhas histórias vem de One Piece, mas eu não as copio, somente as transformo um pouco e elas se adaptam a mim. As "virtudes" que são defendidas não são muito originais: proteger os amigos, proteger o que lhe é precioso, lutar contra aqueles que fazem mal aos outros e superar a dor para o bem-estar dos que estão ao seu redor; no entanto, são "virtudes" que eu concordo e que também estão presentes na minha história. Resumindo: One Piece, pra mim, é um anime perfeito, ALTAMENTE RECOMENDADO por mim mesmo e por centenas de japoneses, visto que One Piece é o anime mais assistido de todo Japão.
Pra mim anime é coisa séria, deve-se aproveitar a história que se tem em mãos, não simplesmente jogá-la pela janela, deve-se fazer o público curtir, se divertir, se emocionar e se envolver com a história. Eu tento fazer isso com as minhas, mas não sei se consigo já que não são muitas pessoas além de mim mesmo que as lê. No momento não sou um otaku-autor, mas somente um otaku. Mas não fico triste com isso, otaku já está muito bom, e tenho orgulho de fazer parte dessa massa de adoradores de anime-manga, que move o chão da cidade quando algum evento está em andamento, não porque queremos aparecer ou algo assim, estamos só curtindo. Mundo, prazer, nós somos "otakus".

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Minha Primeira Postagem

Pois é... Cá estou eu, mundo digital da Internet, postando, pela 1ª vez num blog não como "comentarista" mas sim como "autor". Ainda não entendo bem a dinâmica dos blogs, mas resolvi experimentar depois de tanto ver minha amiga capixaba-paulista-curitibana-sei-la-o-que que é a Ana Lu (segue blog: http://www.mvcee.blogspot.com/) usar e abusar do blog dela, acho que nesse caso ela foi minha "musa inspiradora", e com isso creio que farei boas coisas com esse blog, e espero que esse blog faça boas coisas para ela, para todos os meus amigos e quem sabe até para o mundo (sei la se estou sonhando alto demais, mas enfim...).
Me coloco como um visionário em relação ao mundo atual (posso até não ser, mas acho que sou), acho que essa "bagaça" pode mudar, acho que deve mudar, mas cabe a nós, pessoas que vivemos nessa "bagaça" colocar um ponto final em tudo o que nos desagrada e começar a olhar pra frente buscando um lugar melhor pra viver e conviver.
Espero me dar bem com todos os blogueiros e tenham interesse em me conhecer além-texto, porque afinal escrever é uma arte, mas não só de arte vive o homem, não? A arte deve ser acompanhada de outras artes, como música, dança, pintura, escultura, teatro, cinema, e tantas outras que minha pobre mente não consegue se lembrar no momento...
Posso dizer que minha primeira vez como "autor de blog" foi muito boa, e espero ter grandes alegrias com meus posts, comentários e tudo relacionado ao meu novo meio de comunicação via Internet: o meu blog. Agora eu pergunto a você, leitor de blog, como foi a sua primeira vez?