Total de visualizações de página

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O Homem que Aposta



Olá de novo e novamente meus caros leitores. Já faz algum tempinho (VÁRIOS MESES!). Mas vocês já sabem que minhas postagens vêm à granel e quando minha cabeça quer, né? Ah, então ta beleza...
Nessa postagem falarei de Bakuman, um manga que teve sua estréia em Agosto de 2008 e se encerrou há pouco, em Abril de 2012. O anime teve sua primeira temporada em 2010, sua segunda em 2011 e agora, no começo de Outubro, estreará a 3ª temporada, que creio eu, terá 25 episódios de duração como suas antecessoras. Agora um pouco mais sobre a história em geral...
Para àqueles que não conhecem a série, um breve resumo e introdução à própria história: Bakuman é a série criada por Tsugumi Ohba e desenhada por Takeshi Obata (a famosa dupla mangaka que trouxe o famoso thriller policial "Death Note") que conta a história de Mashiro Moritaka e Takagi Akito (respectivamente, os de azul claro e vermelho na imagem acima) que sonham em ser mangakas, isso é, autores de manga, um desenhando e outro escrevendo, respectivamente. Mashiro também é apaixonado por Azuki Miho (a garota de branco na imagem), que tem o sonho de ser dubladora, e numa noite, incentivado e acompanhado por Takagi, ele vai até a casa de sua amada para dizer seus planos, e pensando em seu falecido tio, um mangaka que era apaixonado mas nunca se confessou à sua amada, querendo até se casar com ela, diz à Azuki que quando ele conseguir uma história que vire um anime e ela duble a heroína desse anime... Eles vão se casar! Naturalmente a garota fica constrangida, mas aceita a proposta, e tímidos como são, decidem que não se verão até que seus sonhos se realizem. Ai já viram, né? Está armada a história...
É assim que começa a longa saga de Mashiro e Takagi rumo ao topo do mundo manga, com "Sonhos e Realidade", que é o título do primeiro capítulo do manga. Curiosamente, todos os capítulos tem esse título duplo, que sempre instiga os leitores a descobrir o que haverá no capítulo, isso em todos os 176 capítulos distribuídos nos 20 volumes da série. Até hoje, no Japão, a série está entre os Top 10 de vendas, mostrando que não foi só "Death Note" que Ohba e Obata trouxeram ao mundo.
Os fãs de "Death Note", como eu, estranharam a primeira vista devido à diferença no traço que Obata deu aos dois mangas. O desenho de "Death Note" é muito realista, detalhado e muito bem feito, no entanto, o de Bakuman é simplista e não tem grandes atrativos com exceção das "poses" e divisões de quadros que Obata faz tão bem. Se há um motivo para tal diferença gritante? É claro que há, oras! Obata não tinha que fazer somente os desenhos dos personagens nas situações em que se encontravam, deveria fazer também os desenhos que os próprios personagens faziam! Desse modo, um desenho super-realista como o de "Death Note" apagaria todo o impacto do desenho dos próprios personagens, assim como a evolução de tais desenhos. Então optou por um desenho de menor qualidade, mas que contrastava bastante com as obras feitas pelos personagens, dando destaque à elas e fazendo-as crescer na história. Manobra de mestre, de fato.
Bakuman não gira somente em torno da dupla mangaka e da bela garota dubladora. Bakuman tem um universo inteiro de tramas e personagens que se misturam e se mesclam com a história principal. Uma veia paralela à história principal feita desde o começo é a da rivalidade da dupla, que criou um pseudônimo de autor "Ashirogi Muto" ("A" de Azuki, "shiro" de Mashiro, "gi" de Takagi. "Muto" veio de um kanji específico que tinha relação com a realização dos sonhos, portanto um nome que representava a realização dos sonhos dos personagens principais) com o autor-gênio Niizuma Eiji (o de preto e patins na imagem acima). A rivalidade Ashirogi X Niizuma percorreu a série inteira e deu-lhe o molho principal para que não fosse somente três adolescentes correndo atrás de seus sonhos, felizes, alegres e saltitantes... Não, Niizuma trouxe a série o embate do "Gênio" contra o "Apostador", nome dado pelo tio de Mashiro aos mangakas que nasciam sem talento especial para fazer manga, eram eternos apostadores, tentando fazer sucesso num mundo extremamente concorrido (a expressão que ele usa é "Bakuchiuchi", dai a partícula "Baku", que pode significar "aposta", para o título do anime).
Existem outros diversos autores no universo de Bakuman, como Fukuda Shinta (o de verde claro na imagem), um jovem temperamental que almeja chegar ao topo com suas histórias ao estilo shounen (manga tipicamente masculino, com violência, sangue, coisas radicias e tudo mais); Aoki Ko, pseudônimo de Aoki Yuriko (a de cinza na imagem), uma autora a princípio fria e distante com suas histórias de fantasia, mas que depois se torna uma personagem amável e meiga; e Hiramaru Kazuya (de branco e verde escuro na imagem, correndo como um desesperado), um mangaka-gênio que tem preguiça de trabalhar em suas histórias e sempre tenta fugir de suas obrigações, mas seu editor (o de azul escuro na imagem, correndo atrás dele) sempre o engana para que ele trabalhe mais. Esses são só alguns dos muitos autores, editores, familiares e amigos que passam ao longo da história.
Apesar do manga ser lindo e maravilhoso, tem lá suas tropeçadas, como foi o final da série, que ao meu ver foi feito de forma apressada e descuidada, e apesar de ter tido lá o seu impactozinho, poderia (e deveria!) ter sido BEM maior e bem mais impactante... Não darei spoilers, é ver para saber do que estou falando... E nem é tanto longo assim, só 176 capítulos, o que, em comparação com vários outros títulos de manga já finalizados, é até pouco. O anime, até então, tem sido bem fiel ao manga e sempre trabalha bem os momentos criados por Ohba, dando à história ainda mais vida.
Meu conselho sincero é de assistir e ler Bakuman, mesmo que você não seja fã da cultura anime/manga em geral, mas é uma história diferente, interessante, engraçada, romântica (principalmente para românticos ultra-tímidos) e instigante, te faz querer ler e saber o que acontecerá com aquele punhado de cabeças-de-bagre e que obras eles nos mostrarão, provando que o esforço pode superar a genialidade imposta pelo destino e que mesmo sendo apostadores podemos chegar ao topo e realizar nossos sonhos. E quando fazemos isso, alcançaremos nosso tão querido prêmio ao final, depois de uma longa, dura e árdua jornada. E digam-me: para isso, existe prêmio melhor que o amor verdadeiro?


Peço desculpas à vocês pela demora dessa postagem. Na verdade, comecei a escrevê-la pouco tempo após o término do manga, em Abril, mas não conseguia finalizá-la, mas agora consegui... Ah, e peço desculpas também pelas propagandas que o Google coloca no meio das minhas postagens sem o meu consentimento. Se alguém souber como retirá-las por favor me avise pois são muito desagradáveis na minha opinião... Tentarei trazer mais alguma postagem pra vocês o quanto antes. Tenho vários projetos de postagens, acreditem, o que me falta é inspiração para escrever...

quarta-feira, 28 de março de 2012

Digimon, Digitais, Digimons são Campeões

Omnimon (ou Omegamon no original), Imperialdramon, Gallantmon (ou Dukemon, como eu prefiro), Susanoomon, ShineGreymon, Shoutmon X7 e Arresterdramon. Só eu fiquei decepcionado com design do último digimon?


Olá de novo e novamente após um bom tempo, caros leitores de blog. Sentiram minha falta? Não, sei que não. Mas não importa, o fato é que voltei e esse post é um dos muitos que tinha a intensão de escrever, faltando-me apenas tempo e inspiração. Como hoje eu faltei à faculdade para estudar e acabei meus estudos bem rápido, a inspiração me veio e aqui estou! Não sei se vocês notaram, mas mudei uma coisa no "visual" do blog: a caixa onde fica o texto que vocês leem agora é cinza escura ao invés de preta, como era anteriormente, e uma leitora questionou a cor alegando que dava dor de cabeça. Ótimo! Por favor, se tem algo visualmente incomodo no meu blog avisem-me para que eu faça as devidas mudanças para assim tornar a leitura de vocês o mais agradável possível. Só não prometo escrever sobre assuntos mais legais, é o que vem nessa cabeça maldita que eu tenho que vem pra cá. Quanto à isso não tenho o que fazer, apenas escrever, então comecemos.
Acho que a maioria dos jovens adolescentes da minha idade conhece Digimon, não? Não digo "gostar", digo "conhecer", é bem diferente. Eu lembro muito bem quando Digimon fora lançado, isso é, a primeira das 6/7 sagas existentes. Foi logo após o lançamento de Pokémon (aqui no Ocidente, não sei como foi lá no Oriente)
e eu, como devoto de Pokémon que era, achei um absurdo lançarem um desenho animado (eu não chamava de anime na época) com nome e temática tão parecida. Achei um desrespeito para com os fãs do Pokémon e declarei ódio ao Digimon. E agora, anos depois, venho a vocês dizer que, apesar dos apesares, prefiro, em termos de anime, Digimon à Pokémon. Estranho, não?
Bom, mas não estou aqui para falar de toda a trajetória do Digimon. Daremos um salto no tempo e nos concentremos nas últimas sagas, que acabaram há poucos dias no Oriente, sagas essas que acompanhei semanalmente. Ah, para que ninguém seja confundido no meio da leitura, darei nome aos bois, isso é, colocarei os nomes originais das sagas:
-Digimon 1 - Digimon Adventure
-Digimon 2 - Digimon Adventure 02 (lê-se Digimon Adventure Zero Two)
-Digimon 3 - Digimon Tamers
-Digimon 4 - Digimon Frontier
-Digimon 5 - Digimon Data Squad
-Digimon 6 - Digimon Xros Wars
-Digimon 7 - Digimon Xros Wars - The Young Hunters Who Leapt Through Time (em japonês: Toki wo Kakeru Shounen Hantā-tachi). Apelidarei essa de Digimon Xros Wars II, que foi como foi mais conhecida.
Pronto, agora devidamente nomeados, poderei discorrer sobre eles e sobre o final de Digimon Xros Wars II, que aconteceu nesse 25 de Março.
A meu ver, Digimon deveria ter acabado em sua 4ª edição, Digimon Frontier. Digo-lhes o porque numa pequena sequência temporal: Digimon Adventure nos mostrou o universo dos digimons, introduziu-nos a história. Sua sequência, o Zero Two, foi uma evolução da história, contando com a participação de personagens de sua antecessora. A partir de Digimon Tamers temos uma nova perspectiva no mundo digimon, completamente desvinculada das duas antecessoras, que nos apresentou a "fusão" do digimon com seu digiescolhido. Essa fusão foi o mote de Digimon Frontier, sendo a única das sagas onde não há digiescolhidos e digimons, mas sim digiescolhidos digimons: os próprios garotos humanos utilizam espíritos digimons antigos e se transformam neles. Assisti a maioria dos episódios dessas 4 sagas (a saga que menos assisti de todas foi a Tamers, nem sei como acaba), então eu sei de onde começa e pra onde vai cada uma das histórias, e eu, criança na época, achava que acabara ali, na "fronteira final", parafraseando Star Trek. Eis que eu, poucos anos atrás, vejo a 5ª saga. What? E agora, o que é? E resolvi assistir.
Para meu espanto, a saga não tem muito de original: sua temática principal bebe na temática de Digimon Tamers e o digimon do personagem principal é um Agumon, que é o digimon do principal da saga Adventure, só que com algumas faixas nos braços e evoluções diferentes. Mesmo não agradado com tais "semelhanças", assisti a série até o final e foi uma série bem padrão, sem nada de extremamente extraordinário nela. Não muito depois, surge Digimon Xros Wars. Ai meu Deus, e agora? A saga então era original, totalmente diferente de suas antecessoras, mas a "evolução" dos digimons se davam através da junção entre eles, num "encaixe de partes". Pronto, é um digimon lego-transformers! Apesar de acompanhar a saga com toda essa frustração, ela conseguiu me conquistar. Batalhas e colocações excelentes, surpreendendo-me bastante no final (apesar da nomeação final fraca). A saga dobrou-me, e achava que acabava por aí, mas no último episódio já era anunciada uma sequência com personagens da saga que acabara. Oba! Mais Xros Wars! E foi a partir daí que veio a decepção...
Digimon Xros Wars II começa com o novo personagem principal ganhando um "digivice" EXATAMENTE IGUAL ao do principal da saga anterior. Aí já não gostei como um todo, pois independentemente da sequencia ou da saga, houveram mudanças do design dos divices e sempre havia apenas um de cor vermelha: do líder, do principal, e no Xros Wars II haviam dois vermelhos idênticos! WHAT THE FUCK!? A partir daí foi de mal a pior: Digimon Xros Wars II também bebe da temática de Digimon Tamers, mas o pior é que como já houveram duas sagas com essa temática, ela ficou gasta e fraca, tendo até possibilidade de expansão devido à ligação com Digimon Xros Wars, que foi pessimamente explorada e mesmo dentro de um número limitado de episódios, não surpreendeu em nada. Os melhores episódios da saga foram os que houveram a participação dos heróis das sagas passadas. Sim meus leitores, os heróis das sagas passadas marcaram presença em Digimon Xros Wars II.
Os últimos 3 episódios da saga foram marcados por batalhas épicas e embates fantásticos com direito a todo mundo aparecer. Pelo menos era isso que eu imaginava ao ver o 1º dos 3 episódios finais, que pra mim foi o melhor deles. Mesmo com a aparição dos heróis lendários, como é colocado no anime, a coisa não vai muito pra cima pois a aparição dele foi muito tardia e pouco explorada, assim como só terem aparecido meia dúzia de personagens das outras sagas que não fossem os principais. Para mim deveria aparecer TODO MUNDO, aí sim seria um final fodelástico com direito à cereja em cima.
Com cenas piegas e coisas muito apressadas, Digimon Xros Wars II deixou muito a desejar para a´última saga do anime. Digo última porque, pelo amor de Deus, todos os heróis apareceram, o que mais vocês vão inventar!?!? Mas sei que não deixarão Digimon morrer, com certeza não, ainda mais se quiserem, inutilmente, competir com Pokémon, que ainda se mantém nas TVs japonesas para impulsionarem vendas de jogos e afins, que a meu ver deverá ser o foco de Digimon no momento: investir em jogos online onde se pode criar um personagem e até um digimon, podendo jogar em qualquer uma das sagas e até transitar entre elas. Seria uma puta jogo e seria bem difícil Pokémon bater isso, visto que a mudança de "sagas" já foi explorada mas de forma bem sutil, e Digimon tem a chance de levar isso a um nível bem maior. Então se quiserem fazer algo grande, produtores, pensadores e afins de Digimon japoneses, façam algo nessa minha linha de pensamento (ou algo diferente disso, sei lá, é só uma ideia), por favor, não façam outra saga. Vocês estarão estragando o final fraco que fizeram. E isso não trará nada de bom a vocês...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Dois Homens e Walden Schmidt


Olá de novo e novamente, caros leitores. Faz pouco tempo desde a última vez que nos vimos aqui, não? Pois é. Eu disse que tinha muitas ideias para posts, mas só não tinha inspiração para escrever tais posts. Bom, hoje a deusa da inspiração sorriu para mim, dando-me inspiração para escrever mais um post. Um sobre televisão, que disse, há vários posts atrás, que escreveria (caso não se lembrem, eu havia dito que escreveria sobre coisas da televisão. Mas até onde eu sei, é só nesse post que cumpro essa promessa. Ou pelo menos começo a cumprir). Mas chega de papo! Vamos começar logo essa bagaça!
Acho difícil, ou até mesmo impossível, achar alguém que não conheça a famosa série americana de TV Dois Homens e Meio (uma tradução de Two and a Half Men). Mas conhecer é bem diferente de gostar. É a série de maior repercussão no mundo e que ao longo de seus 9 temporadas (a 9ª está mais ou menos na metade), adquiriu diversos fãs e o mais importante para a equipe participante: diversos dólares. A série foi criada por Chuck Lorre (que também criou a série The Big Bang Theory, que terei o prazer de falar em outro post) e por Lee Aronsohn e prometia ser um sucesso constante pelo tempo que estivesse no ar, que até onde se via, seria muito tempo. Só houve um problema nesse paraíso "perfeito": Carlos Irwin Estevez, conhecido pelo mundo simplesmente como Charlie Sheen.
Charlie Sheen vivia literalmente no paraíso. Ganhava mais de um milhão de dólares para interpretar um compositor de jingles milionário, solteirão convicto e que faz muito sucesso entre as mulheres de nome Charles "Charlie" Francis Harper, ou simplesmente, Charlie Harper. Exatamente meus caros leitores, Charlie interpretava Charlie, um xará não somente de nome, mas também de situação. Até onde eu sei, Charlie Sheen não é um compositor de jingles, mas é um bilionário e que faz sucesso entre as mulheres, o que significa que para fazer sua personagem (se diz "sua" mesmo), Charlie Harper, ele só precisava fazer uma versão "menor" de sua própria vida! Oh Deus, que paraíso de qualquer ator! O personagem mais fácil de se construir é aquele em que se pega o maior número de atributos e trejeitos pessoais, não tenham dúvida disso, é a mais pura verdade. Mas no dia 07 de março de 2011, a bomba caiu sobre a série com a demissão do grande astro. Mas como diabos um cara consegue ser demitido de uma série onde ele interpreta a si próprio!? Pois é meus caros leitores, tento entender isso até hoje...
Também como seu personagem, Charlie Sheen tinha diversos problemas com álcool e drogas, sendo internado diversas vezes durante a gravação da 8ª temporada da série (a mais curta de todas, em função de sua demissão). E como todos nós sabemos, o álcool e as drogas destroem o nosso corpo e a nossa mente. Bem, foi exatamente o que acontecera com o ator: sua mente virara pasta de mingau de merda e o fez virar-se contra os produtores da série, o que é pior do que se virar contra o diretor, porque numa produção desse tipo, quem é o rei é o diretor, mas o rei se submete a Deus, o produtor. Atacar o produtor é como atacar Deus, e todos sabemos o que acontece quando um mero e ridículo humano decide confrontar Deus: acaba em merda. Pelas diversas cobranças para a volta da filmagem da série por parte da equipe, com razão, pois Charlie Sheen via-se com problemas e o resto do elenco e da equipe estavam em ponto de bala pra continuar, restando apenas a "mocinha" parar de estragar sua própria vida. Irritado com tais cobranças, Charlie, após uma melhora dos problemas causados por ele próprio, afirma aos produtores que está muito bem, obrigado, e que não há porque ficar enchendo o saco com relação às drogas e ao álcool que ele consumia, e que se os produtores quisessem, poderiam beber a urina dele para que pudessem ver que ele não tinha mais tais problemas. Estava criada a merda.
Muitos o idolatram por ele ter feito "o que todos desejam fazer": mandar o seu chefe ir se foder. Na real, uma puta cagada que ele fez. Descartar um emprego no qual ele era praticamente ele mesmo, só que numa escala menor, sendo uma das séries de maior sucesso mundial, ganhando mais de um milhão de dólares por episódio por causa da merda da raivinha deles por que estavam cobrando, e com razão, pra ele parar de ficar se drogando e ir trabalhar? Desculpa, mas pra mim não dá pra respeitar um cara que faz uma decisão dessas. Ah, mas o problema nem é o dinheiro, ele é bilionário. Engano seu, pois se ele não precisasse do dinheiro, faria a série de graça. Aliás, a meu ver ele só tem a fama que tem por ter tido a facilidade de montar o seu personagem em Two and a Half Men, o que não quer dizer muita coisa, pois é muito fácil criar um personagem que é você mesmo, não necessitando prática nem tampouco habilidade, portanto eu até desconfio dos dotes dele como ator ainda mais porque esse, até onde eu sei, foi o grande trabalho dele.
Mas apesar da cagada do Charlie Sheen, os produtores não queriam parar a série, pois o sucesso ainda era grande e o elenco fixo, composto principalmente por Jon Cryer no papel de Alan Jerome Harper, o irmão de Charlie Harper, que ganhou o Emmy Award na categoria de Melhor Ator Coadjuvante em série de comédia, em 2009; Angus T. Jones no papel de Jacob "Jake" David Harper, sobrinho de Charlie e filho de Alan; Holland Taylor no papel de Evelyn Harper, a mãe de Charlie e Alan; Marin Hinkle no papel de Judith Melnick, ex-esposa de Alan e mãe de Jake; Melanie Lynskey no papel de Rose, mulher que perseguia Charlie durante toda a série e se casou com ele, tornando-se viúva após sua morte (ah vá!) (após a saída do personagem de Charlie, não houveram grandes aparições dela por não haver um motivo forte para que aparecesse); Conchata Ferrell no papel de Berta, a empregada da casa de Charlie. O que fazer então? A solução mais simples e óbvia foi a que prevaleceu.
Nice to Meet You, Walden Schmidt foi o episódio que marcou o início da 9ª temporada da série e também a entrada do novo protagonista estrelado pelo ator Ashton Kutcher, o queridinho das menininhas. Esse episódio ficou marcado na mente do público por dois motivos fora o fato de ser a substituição do personagem principal: Primeiramente, pelo fato da morte completamente implausível de Charlie Harper na lua-de-mel com sua esposa Rose e "segundamente" pelo fato de Walden, portanto Ashton Kutcher, ficar nu com poucos minutos após sua aparição. A morte de Charlie foi mostrada ao público através de Rose, que no funeral simbólico revelou-a a todos: durante a lua-de-mel do casal em Paris, Charlie esperava um trem ao lado de Rose quando escorregou, caiu nos trilhos e foi atropelado, explodindo como um balão de carne, como relatou a própria Rose. Muitos amigos meus que assistem a série mostrarem-se indignados com tamanha inverossimilhança na morte do ex-protagonista, fato esse que me intrigara bastante, foi é evidente que não quiseram fazer da morte de Charlie uma coisa para se pensar ou refletir, mas sim somente uma piada por sua implausibilidade. Irrita-me o fato de algumas pessoas não perceberem tal fato tão simples e falado tão rapidamente na série. É uma piada óbvia. É isso, ele explodiu e pronto. Acabou-se Charlie Harper. O segundo fato foi mais comentado por amigas minhas que "ofenderam-se" pelo fato de mostrar o ator Ashton Kutcher nu logo nos primeiros minutos de sua aparição como uma forma apelativa de conseguir audiência e de chamar a atenção para a nova personagem. Novamente me espanto, pois esse fato, isto é, o fato dele ficar nu, nada mais é que a introdução de uma personagem completamente inédita numa história de vários anos, mostrando de forma mais drástica que o "jeitão" dele é outro, que não devemos compará-lo ao Charlie porque ele não é o Charlie, e sei que os produtores, diretores e roteiristas esforçaram-se para não cometer esse engano de tentar colocar alguém com a mesma personalidade.
Apesar de toda comoção em relação aos temas abordados no primeiro episódio da nova temporada, ela foi um marco para toda a série e inclusive para o próprio canal em que era transmitida (Warner Channel), batendo um recorde de impressionantes números: 27,7 milhões de pessoas assistiram o episódio, fora as pessoas de outros países que assistiram a versão legendada poucos dias depois, como este que vos escreve. O próprio imbecil do Charlie Sheen assistiu tal episódio e delicia-se com a situação da série, sem perceber que só se mantém na mídia e consegue contratos para programas devido a sua "atuação" em Two and a Half Men, sem perceber que fazendo outra pessoa que não ele mesmo pode fazer com que sua incapacidade de atuação seja revelada. Mas não pagarei pra ver, não me interesso pelo trabalho dele. Afirmo, com todas as letras, que tolos são aqueles que ficam com "o Charlie é foda, o Ashton Kutcher não chega nem aos pés dele". Porra! São personagens completamente diferentes! Não podem ser comparados porque o estúdio acertou em querer fazer um outro esquema. Parem com essa cisa de comparação porque é o mesmo que se comparar uma pêra e um tomate. Ambos são frutas, mas seus "atributos" são distintos, então não se pode decidir o "vencedor".
Após esse primeiro grande arroubo de popularidade na nova temporada, o número de pessoas assistindo a série caiu drasticamente, como já era o esperado, porque essa substituição mudou os rumos de praticamente todos os ramos da história, sendo apenas uma tentativa de ressuscitá-la em prol do nome que já tinha, o que não dá muito certo, como creio eu que seja apenas uma tentativa de manter o que se tinha, ou pelo menos manter um pouco, o que é melhor de ter tudo jogado no lixo por bêbado drogado imbecil. Quanto à série, bom, nunca fui muito ligado, mas agora estou acompanhando a 9ª temporada e me decepcionando pois Jon Cryer tem uma boa versatilidade e se dá muito bem no papel que faz, então quanto ao personagem dele, ele segura as pontas para a história continuar. Já Angus T. Jones eu desconfio que afunde um pouco mais, pois o mote principal era ele ser o "Meio" de Dois Homens e Meio e o "Half" de Two and a Half Men, mas agora ele já é bem crescidinho e a clássica abertura da série que era "cantada" por ele, Charlie e Jon foi substituída por ele no lugar de Charlie e Ashton em seu lugar, o que me fez ver que agora ele é colocado já como um homem, mas não sabe o que fazer no lugar de Charlie, olhando pra qualquer lado e muitas vezes pra própria câmera, quase estragando a "virada final" na abertura. Bem, para entenderem o que estou dizendo, aqui vai um link da nova abertura de Two and a Half Men "cantada" pelos novos três protagonistas: http://www.youtube.com/watch?v=8ObllYaw6Ek (o vídeo foi extremamente negativado pelo que acredito ser o que citei acima: fãs que querem comparar a pêra que foi Charlie Sheen com o tomate que é Ashton Kutcher. Lamentável).
Se a série durara muito? Difícil dizer, mas creio que está sobrevivendo as trancos e barrancos, de modo que se continuar rendendo dinheiro e popularidade acima do que gasta, ela continue. Se não render, é cada pro seu lado. E a todos que criticam o trabalho de Ashton saiba que não defendo ele, acho que ele está apenas trabalhando em cima da oportunidade que recebeu, e além do mais, se a série for pro vinagre, o que infelizmente não é uma situação extremamente implausível, Ashton já tem o seu dinheiro e o seu currículo em séries e em diversos filmes. Se ele é bom ou não? Não interessa, mas pelo menos não ficou marcado na história da televisão ou do cinema por ter interpretado ele próprio, e sendo convidado para uma série de sucesso como Two and a Half Men, já quer dizer uma coisa: que ele é bom não por interpretar a si próprio, mas por interpretar personagem diferentes do que ele é.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Uma Boa Dose de Sarcasmo


Olá meus caros leitores. Eis aqui estou no primeiro post desse ano de 2012. Sentiram minha falta? É claro que não. Como dá pra sentir falta de um cara que tem um blog mas mal atualiza e que nem digna a aparecer para escrever o que quer que seja? É, não dá... Bom, já terminei minha sessão de auto-ofensa de praticamente todo post que escrevo, e apesar de ausente, tenho muitas ideias para vários posts. O problema é que nunca tenho inspiração para escrever nenhum deles, e a ideia desse não é uma exceção. Mas fico feliz que a inspiração necessária veio para que eu escrevesse esse post, que tive a ideia de ser mesmo o 1º de 2012. Vamos a ele.
Sarcasmo. O que é sarcasmo, afinal de contas? Segundo a grande fonte de pesquisa da Internet, nosso querido Google, que indicou o site mais confiável possível para uma coleta de informação, a Wikipedia, Sarcasmo vem do grego antigo σαρκασμός sarkasmos ou Sarkázein, onde Sarx significa “carne” e Asmo significa "queimar", significando, juntos, "queimar a carne". Designa um escárnio ou uma zombaria, intimamente ligado à ironia com um intuito mordaz quase cruel, muitas vezes ferindo a sensibilidade da pessoa que o recebe. (copiei o texto da Wikipedia e coloquei pequenas alterações. Qualquer possível erro lembrem-se: a culpa não é minha). Mas todos sabemos que sarcasmo é muito mais do que uma expressão grega antiga de churrasco. Não, sarcasmo vai muito além de meras explicações superficiais. Sarcasmo é uma arma. Uma arma verbal poderosíssima, capaz de "desmontar" e "quebrar" até o mais poderoso dos ditadores.
Mas se o sarcasmo é uma arma, então ele é um mal, não? Au contraire, meus caros amigos. O sarcasmo, em diversas situações, é um bem extremamente necessário. Como se pode fazer o bem com o sarcasmo? Eu explico. Quando existe alguém que não merece respeito, consideração, educação ou qualquer outro tipo de coisa que se tem (ou melhor, que se deve ter) por qualquer, esse alguém é uma pessoa digna de uma bela porrada seja pelo motivo que for que a faz não merecer respeito, consideração, educação e etc. Mas a violência física é o recurso extremo do ser humano. Ao longo das eras nos desenvolvemos de modo a utilizar nossa inteligência ao invés de nossos punhos para lidar com situações como essa. Além do que, agredir fisicamente qualquer pessoa dá a ela o direito de responder tal agressão desde que numa mesma medida. Muitos podem discordar dessa minha última afirmação, mas acredito que nós, seres humanos, evitamos ao máximo trocas de tapas e socos para evitar nossa auto-destruição por meio da violência física. Enfim, para evitar uma troca de agressões, sendo que a primeira agressão partida de qualquer um dos lados de uma conversação faz com que essa pessoa perca imediatamente a razão que tem. Além do que, utilizar de violência verbal também acarreta na perda da razão numa conversação além de ser o caminho mais curto para a violência física (um exemplo mais prático disso é o caso dos jogadores Zinédine Zidane e Marco Materazzi, na qual após uma ofensa de Materazzi, na final da Copa do Mundo de 2006, Zidane dera uma cabeçada no tórax de seu adversário, perdendo qualquer tipo de razão que pudesse ter na "interação" entre os dois jogadores). Se não se pode utilizar a violência física nem a verbal, que forma há de "atacar" a referida pessoa, se ela merece um ataque? Aí é que entra o nosso querido sarcasmo, agindo como uma forma de desarme emocional e psicológico utilizado verbalmente e não sendo uma forma tão direta de violência quanto um "Vai toma no cú!", não é?
No entanto, se usado na forma de um ataque à outra pessoa, o sarcasmo acaba consistindo também em violência, apesar de encoberta e ligeiramente mais suave, então deve-se ter cuidado ao utilizá-lo desa maneira, pois pode rapidamente tornar-se uma violência verbal encoberta e acarretar uma violência física, que não será nada boa para seu olho depois que esse encontrar-se com o punho de seu "adversário". Quando o sarcasmo é bom? Quando é bem utilizado? Ora, com seus amigos! Êpa, mas sarcasmo é uma ofensa! Quer ofender seus amigos? De forma alguma, mas um sarcasmo utilizado entre amigos é uma forma de tiração de sarro e zoação de determinada ação ou situação em que o amigo se encontra, podendo até servir como um conselho para o amigo em questão para o mesmo se toque de alguma besteira que esteja falando ou fazendo e para alegrar o ambiante, mesmo que baseado numa pontadinha ofensiva. Não devemos evitar de utilizar o sarcasmo nem sofrer quando ele nos for apresentado por terceiros. O sarcasmo faz parte da comunicação moderna e é capaz de trazer humor às mais inusitadas situações, basta que o "usuário" saiba o limite entre o sarcasmo e a violência verbal.
Utilize o sarcasmo de forma positiva na sua vida e na vida das pessoas ao seu redor, desde que se tenha uma intimidade com tais pessoas, pois senão será, muitas vezes, encarado como violência verbal. O sarcasmo faz a vida mais feliz, mais cômica e muito mais divertida para todos que abraçam e utilizam de seu poder! Fico por aqui nesse post inaugural do ano de 2012 para o O Mundo é Bárbaro. Tchau, meus caros leitores, uma boa dose de sarcasmo e um bom fim do mundo para todos nós!



PS: Não pensem que não sei o que vocês escreverão nos comentários. Nossa, que maravilha de post! Que assunto mais relevante abordado nesse post! Que belíssima explicação dada pelo autor do post! Que blog mais sensacional esse, O Mundo é Bárbaro! Esse garoto está de parabéns, é o futuro da literatura brasileira! É, sei que estão loucos para usarem de sarcasmo no meu post sobre sarcasmo. Mas isso não seria sarcasmo, seria ironia! Há, peguei vocês, seus trouxas!