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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Direção: Trânsito


Outra vez com um post pessoal e não-crítico. Aparentemente as coisas que acontecem comigo estão sendo bem importantes a ponto de eu colocá-las no meu blog. Ah, mas parando para analisar o que escreverei antes de escrever, creio que nesse post haverá um pouco de crítica. Acho que será um meio pessoal, meio crítico. Não, refrigerante não acompanha. Quanto tempo demora? Até eu parar de escrever idiotices no primeiro parágrafo...
É do conhecimento de todos que para se obter a carteira de motorista, deve-se passar pois duas etapas: a parte teórica e a prática. Na parte teórica, aprendemos o funcionamento das placas, de certas normas, de partes do veículo que conduziremos (carro ou moto) e várias coisas. Ao todo, são uma semana de aula (se não me engano). Essa semana nos leva ao primeiro exame que todos devemos passar: o exame teórico. Uma prova com 30 questões de múltipla escolha e 45 minutos para que sejam feitas E transcritas ao gabarito. Muitos podem alegar: "Nossa, mas só isso? Não dá tempo pra fazer as duas coisas!". Eu também pensei nisso. Isso é, até encarar a prova. Acreditem, tem tempo de sobra. Muitas questões são muito fáceis, e posso até dizer que algumas vem com as respostas escritas na cara. Um modo prático de mostrar isso pra vocês (essa questão não caiu na prova, mas está no livro de normas que recebemos durante as aulas teóricas):
Dirigir sob condições adversas: chuva, neblina, fumaça, poeira, obras na pista, aglomeração humana à margem da via o condutor deve:
a) Aumentar a velocidade.
b)Reduzir a velocidade a um ponto compatível com a segurança como a única forma de evitar um acidente.
c) Manter o veículo a uma velocidade não superior a 60km/h.
d)Aguardar no acostamento.
e)Utilizar-se da buzina constantemente.
Alguém teve alguma dúvida de que era a resposta "b"? Não? Que bom, porque muitas perguntas estão nesse nível, onde basta se ter bom senso e conhecer o mínimo sobre trânsito. O número necessário de acertos que deve-se ter passa passar na prova é de 70%, ou seja, 21 questões das 30. Felizmente eu passei, mas o DETRAN não informa a nota que você tira. Fiz a prova toda em 30 minutos e sai bem tranquilo, sabendo que passaria.
Depois passamos para a parte que todos julgam ser a mais terrível: a parte prática. Onde dirigimos de verdade. São um total de 10 aulas, cada uma com 1h30 de duração, mais ou menos. São elas que te dão a base para dirigir. E depois das aulas feitas e da aprovação do seu instrutor, você pode marcar a sua prova prática. O teste final para conseguir sua habilitação para dirigir. No meu caso, eu fui empurrando as aulas com a barriga, e após ficar um bom tempo sem dirigir, fui fazer mais uma aula antes do exame. Meu instrutor disse que a maior probabilidade era a de eu não passar, pois estava errando muitas coisas. Mas mesmo assim me arrisquei no exame, para pelo menos ganhar uma experiência. Dito e feito, não passei. Mas nem foi pelos erros que ele me apontara, foi por outros. Nem fiz a baliza, que dizem ser a coisa mais difícil de todas quando se dirige: é mentira. Na baliza só é preciso atenção e movimentos rápidos, mas de acordo com a velocidade que você conduz.
Depois tive que marcar para a remarcação do exame, que é feita muitos dias depois do 1º exame, o pequeno valor de R$120,00. Ah, e para me aprimorar, resolvi fazer 3 aulas antes do exame, que era terça-feira: na quinta, na sexta e na segunda. Cada aula extra custa R$50,00. Ou seja, gastei R$270,00 para me preparar novamente para o exame. Dessa vez, fiz com ouro instrutor, pois meu instrutor antigo tinha se mudado. O novo instrutor também era muito bom, e ao final das aulas, ele disse que eu passaria com certeza, que só era necessário ficar calmo, pois era isso que reprovava a maioria dos que faziam exame. E lá fui eu, terça-feira, às 6h30 da manhã, fazer exame. Entrei no carro do exame somente às 8h30, mas fiz o exame e achei que fui bem, pois a avaliadora não demonstrava nenhum sinal de grande, e depois de sair do carro, meu instrutor pegou o resultado com ela e me passou: reprovado.
Estranhei muito e resolvi olhar os erros que ela apontara na minha condução. Não é por nada, mas acho que muitas coisas foram inventadas lá, pois eu não passei da velocidade limite e nenhuma parte circuito, não deixei de respeitar a sinalização da via, não perdi controle do veículo no aclive. O interessante é que eu tinha muitos mais erros na 2ª vez do que na 1ª, onde meu instrutor disse que não passaria. E nessa, onde ele disse que eu passaria tranquilamente, fui muito pior. Algo está errado aí. É claro, eles querem que você pague para passar. Obviamente fui explorado e sacaneado por eles. Uma máfia dos infernos, onde só se você pagar você está apto para dirigir nas ruas: o que se faz no exame não prepara motorista nenhum para enfrentar o mundo do trânsito. 
Obviamente fiquei chateado e irritado, mas não brigarei por meus direitos pois sei que perderei, então, para não ficar perdendo tempo e energia, será uma briga onde não entrarei. Mas no mesmo dia, um fato muito curioso me aconteceu. Minha mãe tinha que entregar umas sacolas de roupas para um cliente, parando num lugar de estacionamento de caminhões (que também era destinado à veículos mistos, que é o caso do carro, mas deixa pra lá) e deixou a chave comigo para que, caso um guarda pedisse, eu estacionaria um pouco mais à frente ou compraria uma zona azul, que não tínhamos. E não é que poucos segundos após ela sair, um guarda apareceu?
Ele me pediu para chamar o condutor do veículo para que o retirasse dali, pois era uma área de caminhões. Eu iria argumentar sobre a coisa do veículo misto, mas resolvi deixar por isso mesmo, já que ele disse que haviam vagas um pouco mais à frente, eu tomei a direção do Siena da minha mãe e fui estaciona-lo um pouco mais à frente. Só havia um problema: não havia vagas mais frente. Então eu, um motorista sem carteira, sai dirigindo na procura de uma vaga em meio a ônibus, carros e pedestres, perto da Praça da República, sem saber onde era a rua onde minha mãe tinha deixado o carro, muito menos como chegar nela.
Desesperado, mas de cabeça fria (minha mãe adorou essa expressão), fui dirigindo e dando voltas para achar uma vaga, e após uma longa volta, acabei parando na mesma rua (uma baita sorte). Quando o motorista a minha frente começou a estacionar, não parei o carro corretamente e ele morreu, motivo para os motoristas de trás buzinarem, mas com o carro da minha frente ainda na minha frente e meu carro "morto", eles queriam que eu fizesse o que?
Após liga-lo de novo, andei mais um pouquinho e parei quase no mesmo lugar onde o carro estava, mas minha mãe já havia chegado, e então tomou a direção do carro e assim fomos embora. Ela ficou muito orgulhosa da minha atitude, mas estava preocupada com possíveis batidas ou atropelamentos, coisas que realmente podem acontecer com um motorista novato em ruas movimentadas daquelas. Mas ainda bem que nada disso aconteceu.
E foi então que percebi: o exame prático é só simbólico, o trânsito é que prepara um motorista para o mundo real. Iremos enfrentá-lo, e não será nenhuma auto-escola que nos mostrará como agir nele. É instinto, vivência. Vamos em direção ao trânsito sabendo sobre direção do carro (ou moto), somente vivendo nele saberemos dirigir de verdade. Aprendamos com a vida, pois é ela que nos ensina de verdade.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Começo Punk na Facul



Olá meus leitores, este é a minha 1ª postagem nesse ano de 2011. Eu até queria ter postado umas ou duas coisas antes, mas a falta de imagem ou minha memória curta me atrapalharam. Bom, começarei este ano com um post light, e apesar de alguns de vocês gostarem das minhas críticas, tentarei escrever post mais leves, a não ser que algumas coisas que precisam ser criticadas apareçam na minha frente, ai criticarei-as. Ah, outra coisa: por favor, independentemente de você seguir ou não o meu blog, comente meus posts. Eu gosto de comentários, mesmo que contrários aos posts. Me ajudam a crescer e a me desenvolver como blogueiro amador que sou. E estou precisando de um pouco de auto-estima, porque a minha ta começando a baixar...
No dia 10 de fevereiro deste nosso 2011, comecei na faculdade. Finalmente. Não foi a minha primeira escolha de faculdade (até porque é particular) e nem de curso (mas devido à várias mudanças de opinião e argumentação, foi o que escolhi): estou fazendo Comunicação Social, com especialização em Radio e TV na Faculdade Rio Branco. O que faz de mim um... Riobranquiano?
Comecei na facul numa quinta, mas os primeiros dias são mais "apresentativos" da faculdade: organizações dos alunos, apresentação dos coordenadores e conhecimento da própria faculdade. Bom, isso foi na quinta e na sexta (dias 10 e 11). Comecei oficialmente minhas aulas na segunda (dia 14) numa pequena sala, que logo vimos que não nos serviria, já que a turma de Radio e TV está junta com a de Publicidade e Propaganda e Editoração (minha primeira opção de curso) devido ao fato de que no 1º ano termos as mesmas matérias (Jornalismo e Relações Públicas também, mas esses cursos ficaram juntos porém separados de nós). A faculdade fez isso para o caso de alunos ainda não muito certos sobre seus cursos (como é o meu caso) decidirem mudar de curso (desde que seja um desses). Então, numa eventual mudança, não haveria perda nenhuma de conteúdo. Ponto pra Rio Branco. Realmente um diferencial. E dos bons.
No decorrer desta semana, conheci meus professores, juntamente com meu horário de aulas. São dos tipos mais variados: uma senhorinha com mestrado e doutorado na USP, um barbudo que puxa os "r"s, num sotaque "transilvânico", uma mestra em marketing, um mais jovial que descreve a teoria da comunicação, uma doutora em literatura brasileira (que pra mim não significa muita coisa) que já morou na África e um intelectual  um pouco casca grossa, que prefere ser nosso diabinho do que nosso anjinho. Alguns deles somente explicaram sobre como seriam suas aulas e como a faculdade funciona em certos aspectos. Outros já começaram a puxar um pouco mais a matéria e um deles destrambelhou a despejar conteúdo e livros para lermos. Adivinhem quem? Acertaram: o casca grossa.
Alguns alunos que terminaram o curso de Publicidade e Propaganda e Radio e TV no ano passado vieram nos apresentar seus Trabalhos de Conclusão de Curso (os famosos e temidos TCCs). Um proposta de parceria com a escola de inglês CNA do pessoal de PP e um curta-metragem sobre a Rua Augusta do pessoal de RTV. Interessante a proposta e a abrangência do TCC de PP, assim como a apresentação de dados e todos os benefícios que teriam na parceria, um excelente trabalho (e eles disseram que era só uma parte, pois o TCC era muito longo e chato, e não gostaríamos de ver tudo). Já o curta de RTV me decepcionou: péssimos atores, péssima direção, texto muito fantasioso e "edição de vídeo diferente" ridícula. Chega a ser um insulto para quem entende, nem que seja um pouco, de atuação, direção, roteiro e edição (como é o meu caso, mesmo que seja pelos programas mais simples). Respeito o trabalho e acredito nas dificuldades que tiveram, mas me surpreende terem escolhido tal trabalho para ser apresentado a nós. Poderiam ter feito algo muito melhor.
Pra resumir a história: já temos por volta de 5 livros para ler (de tamanho mediado para um livro de conhecimento geral, mas um pouco grandes para conhecimento específico) e temos de lê-los logo, pois os professores disseram que os usarão nas aulas e nas provas, e se não os lermos logo, "dançaremos". Muita lição, já alguns colegas "mais chegados", pressão e frio por causa do ar condicionado. Essa foi minha primeira semana na facul. E não sei por que... Mas sinto como se daqui pra frente fosse só piorar... De qualquer forma, espero ter feito uma boa escolha de curso. Imagina só ter que passar por tudo isso e depois descobrir que não é isso que quero fazer pelo resto da minha vida?