Total de visualizações de página

domingo, 31 de julho de 2011

Abaixe o Som!

Peço desculpas desde já àqueles que não conseguiram acessar meu blog por um tempo. Não sei quando, e nem porque cargas d'água, o Google desativou meu blog. E ao dizerem para eu reativá-lo, não me davam links de como faze-lo, então tive de fazer uma busca na Internet de o que deveria fazer para reativá-lo. No entanto, só vi isso agora, quando ia escrever esse post. Se houver algo de errado com meu blog, Google, por favor me dia para que eu altere e fique aos seus padrões. Se desativaram por falta de uso, digo que isso é esdruxulo. Estou divagando. Enfim, vamos ao post.
O motivo de eu fazer esse post já está comigo há muito, muito tempo. Nem sei ao certo, para dizer a verdade. O motivo é a utilização de músicas em vídeos, filmes, teatro, nos próprios show musicais, de forma errada. Sim, digo de forma errada porque pra mim não existe lógica que justifique a utilização do recurso musical como ele é utilizado nesses casos.
Quando se utiliza o recurso musical, se quer passar algum sentimento, alguma emoção, ou na maioria dos casos reforçá-los e amplificá-los para ambientar melhor o público durante o espetáculo (teatral, filmográfico, enfim, todos os que utilizam esse recurso). O termo "música ambiente" não existe à toa: é um efeito musical que cria um ambiente, uma atmosfera. Leva o espectador a sentir e esperar certos tipos de acontecimentos: de ação, de romance, de suspense, de comédia, de terror. No entanto, acredito que pelo menos 90% dos espectadores (é uma porcentagem da minha cabeça, não há nenhuma pesquisa ou dado científico vinculado à ela) não sofrem de algum problema auditivo, então ABAIXEM A PORRA DO SOM!!!
Nos últimos tempos, o recurso musical é utilizado para ensurdecer os espectadores. Para mim não há outro motivo para tal volume, pois não se cria um ambiente, um clima com uma música extremamente alta, só faz com que os espectadores sofram com ela e criam o efeito inverso: desejam que a cena em que "a música se encaixa" acabe logo, pois a música alta massacra seus neurônios e tira a atenção da cena, o que pode influenciar na compreensão da obra como um todo.
Já presenciei tal erro em todos os tipos de obras que citei acima. E em todos eles eu me incomodei com a música em um volume acima do suportável. Não cheguei a perder partes que impedissem o entendimento, mas e quanto aos outros espectadores? E quanto a vocês, meus leitores, já chegaram a perder alguma parte importante da obra devido à música ou a outro recurso mal utilizado e que nos faz odiar a obra, mesmo que por um curto período de tempo? Pois eu já. Pagar uma sala IMAX só para ter um som tentando, a cada utilização de música, explodir meus tímpanos para que eu tenha que ir ao hospital ficar sofrendo? Não, obrigado. Dispenso.
Não digo para que não utilizem o recurso musical. Não! Utilizem! Já ouvi excelentes trilhas sonoras e músicas nas obras, e quando bem utilizadas, tornam-nas ainda melhores, ainda mais gostosas de se assistir ou ouvir. Na música, em específico, é o fato de se colocar os instrumentos musicais mais altos do que a voz do cantor ou cantora, forçando-o(a) a gritar e fazer o impossível para que sua voz seja ouvida, piorando ainda mais sua apresentação. Ou melhor ainda: utilizem o silêncio. Momentos de silêncio bem colocados e planejados às vezes são melhores que todas as obras dos grandes mestres juntas para um determinado momento. Não sou especialista em trilhas sonoras, mas arrisco em dizer que entendo um pouco do assunto, e para mim é inconcebível usar uma música ou efeito sonoro que ultrapasse a voz dos artistas ou que atrapalhe o público. Salvo quando a utilização tiver esse intuito. Nesse caso, o uso se salva.
Aprendam a usar as músicas e extrair delas o maior potencial para que as cenas fiquem fantásticas e incríveis de se ver. Não digo que sou expert nisso, mas acho que me esforço ao máximo para não estragar a obra com sua trilha sonora. Eu, que tive 3 dores de cabeça na minha vida inteira, se muito, hoje fiquei com a cabeça doendo de assistir a animação SEM VOZ "Shawn the Sheep" (em português, "Shawn, o Carneiro") que assisti no Anime Mundi. Me decepcionei com o evento, que é um marco na animação brasileira e que é muito importante para a animação do país. Não voltarei até que aprendam a utilizar melhor os recursos sonoros. O que temo que seja nunca, pois em todo lugar, esses erros aparecem, para minha infelicidade.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Sonho que me fez Chorar


Esse caso aconteceu hoje, dia 04 de Julho de 2011, e creio que ele seja o motivo, ou então uma causa muito importante,  do meu ânimo eu estar do jeito que está agora.
Nos últimos tempos, aliás, de uns bons tempos pra cá, não tenho tido sonhos muito nítidos. Muitas vezes são sobre coisas psicodélicas e muito fora de realidade, raríssimas são as vezes que me lembro deles durante um dia inteiro, mas o dessa manhã foi uma exceção. Até me lembrava vagamente do que sonhara anteriormente, mas depois desse sonho, tudo o que veio antes se apagou. Por volta de 8 da manhã, sonho com um local amplo, como a recepção de um grande castelo antigo. As paredes são cinzas, com adornos e detalhes da própria construção. Então, surge o herói. Não sei se posso chamá-lo de herói, mas meu subconsciente me diz que ele é o mocinho dessa realidade. Também não sei se sou eu mesmo, mas sei que ele tem cabelos pretos e usa óculos. Provavelmente não sou eu, pois vejo à cena como um terceiro. Há um balcão logo em frente à grande porta de entrada. O balcão é duplo, fazendo duas linhas em direção ao interior do "castelo", com um atendente entre as duas metades. Ela e o herói falam sobre alguma coisa, mas não identifico o que. Eis que então surge a vilã. Uma mulher magra e de longos cabelos pretos. Não sei quem é, provavelmente nem a conheça na vida real. Ela conversa com o herói e com a atendente, mas continuo sem entender sobre o que falam. A atendente vai ao interior do castelo e a vilã desaparece no ar. Eis que então surge uma enorme planta que bloqueia a parte "vazada" do balcão de frente com a entrada.
O heróis vai até a planta, e então vê que na verdade é uma grande criatura. A planta está plantada no cimento do próprio castelo, e o herói parece querer se abaixar para pegar alguma coisa. A planta o impede de tentar. O herói então, pega um tipo de pinha e começa a golpear de leve a criatura-planta. Na minha visão, parece um ícone de mouse do computador clicando contra a planta. A planta começa a se desfazer nos locais em que é tocada, e então o próprio concreto abaixo dela começa a fazer uma cratera, de modo que eu vejo o que o herói busca. Debaixo das pernas da planta, há uma espécie de ovo gigante, maior até do que de um avestruz e todo branco. O herói então desce pela depressão criada e tenta ir até o ovo. No entanto, a criatura-planta o ameaça com sua boca, cheia de dentes afiados, e com mais uma "clicada", a boca da criatura explode, deixando somente um grande buraco que aparenta uma grande boca aberta. Está armado o palco.
O herói continua tentando chegar até o grande ovo, mas minha atenção se volta à criatura. Não sei se era má como a vilã ou se só era obrigada à guardar o ovo, que acredito que nem seja dela. No entanto, após ter sua boca "estourada", a criatura começa a ganir, como num choro. De repente, noto que de fundo musical há um piano. Toca uma música triste, mas não consigo identificar qual. A criatura vê sua lateral, também destruída pela arma do herói. Então o herói se afasta um pouco e a planta, ainda chorosa, pega o ovo com sua grande pata com garras e o entrega ao herói. Não sei o que ele faz com o ovo e nem o que aconteceu com ele, pois pra mim ele sumira. Vejo somente aquela criatura, gigante e assustadora, chorosa. Nesse momento, eu mesmo começo à chorar. Não sei em que ponto aconteceu, mas acordei. Mas mesmo acordado, via nitidamente a imagem da criatura, ferida e desamparada, em minha mente. As lágrimas se desenvolveram, de modo que escorriam pelo meu rosto e me faziam soluçar baixo. Fui até o banheiro e vi minha imagem no espelho: eu estava vermelho, chorando, muito triste. Tentei me acalmar, mas a cada relance a imagem da criatura voltava à minha mente e o choro voltava.
Após uns 5 minutos de choro, coloquei minha mente contra aquela imagem, começando a pensar em músicas festivas e alegres, de modo à melhorar. No entanto, a imagem parecia querer voltar. Me esforcei e finalmente venci. Após isso, minha mãe me chamara e fui ao quarto dela para fazer a medida. Tentei ao máximo fazer com que ela não visse meu rosto e ela não viu. Quando fui descer para tomar o café, meu rosto voltara ao normal, restando apenas uma vermelhidão nos olhos, normal para alguém que acabara de acordar.
Não sei que influência isso teve no meu dia. Mas acredito que isso mudara seu rumo. Não lembro-me da última vez que chorara. No entanto, chorar para mim nunca foi bom, pois nunca chorei de alegria. Resta então o choro de tristeza, de pena, de dó. Dos sentimentos que não quero sentir. Mas sinto. E hoje, no meu sonho, eu os senti. Hoje, depois de muito tempo, eu chorei. Chorei com meu sonho ficcional com uma realidade fora da minha e com uma criatura estranha e amedrontadora. Mesmo assim, chorei. Depois de muito tempo, chorei. Chorei pelo sonho. O Sonho que me fez Chorar.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Igual, só que Diferente


Olá de novo, meus caros leitores e minhas caras leitoras. Escrevi um post ontem e escrevo um post hoje, para a alegria de todos vocês! (não esperem isso sempre, a verdade é que eu já tinha o conteúdo do post passado e desse em mente, restando apenas colocá-los aqui no blog. Mas esforçarei-me para não deixar o blog parado tanto tempo como deixei) Prossigamos então com mais um assunto polêmico, passível de uns bons xingamentos (que levará, através desse post) e que faz desse post mais um post crítico e sério, sem nunca deixar de ter suas pequenas doses de humor ácido que eu tanto gosto.
O título e a imagem não ajudam nem um pouco a decifrar qual o conteúdo do post, mas coloco-o imediatamente a vocês: esse post fala sobre o acordo ortográfico. Nas minhas instrutivas, eficientes e importantes aulas de Língua Portuguesa na faculdade [atenção: o trecho anterior contém altas doses de sarcasmo], eu aprendi que o correto a se falar é Acordo Ortográfico: não é Reforma, pois reforma é algo unilateral, que só uma parte decide mudar alguma pequena parte de algo (um exemplo seria se o Brasil resolvesse fazer as mudanças que foram feitas por si só, sem a interferência dos demais países) e que Novo Acordo também está errado, pois nunca houve outro acordo, esse é o 1º Acordo Ortográfico entre países a ser realizado (ou um dos primeiros, sei lá se minha professora errou ou eu que não prestei atenção). Enfim, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi realizado entre os 8 países lusófonos do mundo (lusófonos: que  tem o Português como sua principal língua dentro do país, não importando as demais existentes): nosso Brasil varonil, Portugal, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique e Timor Leste. Estes são os 8 imbecis que deram origem a toda essa merda que foi feita com a gramática que seguimos.
Para começar, uso o argumento mais simples mas ao mesmo tempo o mais forte de minha "defesa" contra a existência desse acordo: qual é o principal objetivo do Acordo? Por que ele existe? R: para que os países lusófonos falem a mesma língua, aproximando-se uns dos outros para um melhor convívio e para melhores relações futuras. É uma boa resposta, não? Bom, tomando como princípio a veracidade e autenticidade dessa resposta, criada por este que vos escreve, faço a 2ª pergunta: e esse objetivo é alcançado? Com o Acordo, "assinado" pelos 8 países lusófonos, todos os países lusófonos falam o mesmo Português? R: ... . Eu respondo, como autor, por vocês: MAS É CLARO QUE NÃO!!! Não há acordo que faça com que oito países falem a mesma língua. A língua é parecida? Sem dúvida que é, ela tem a mesma origem: na Portugal colonizadora, que aconteceu há mais de 300 anos! Como você espera que 8 países, que nasceram em anos diferentes, que tem origens diferentes, que tem culturas diferentes, que tem povos diferentes, que tem gírias e trejeitos diferentes, que tem UM PUTA MONTE DE COISA DIFERENTE, falem uma mesma língua!? Governantes, ou seja lá quem foram os estúpidos que sugeriram ou concordaram com este acordo: falta-lhes bom senso. Vocês colocaram diversas mudanças na gramática, mudanças, diga-se de passagem, BRUTAIS, que fará com que muitos professores, com 20/30 anos de experiência, fiquem obsoletos e atrasados nesse aspecto. Fará alunos, como eu, lutarem contra seus instintos naturais e escreverem "heróico" sem acento, isso sem falar de todas as outras pessoas que também são influenciadas por essas mudanças, para que o Brasil, o país lusófono mais populoso, fale igual aos outros países lusófonos, só que mesmo com as nossas mudanças, e as mudanças que creio que acontecerão nos demais países, não falaremos igual! Não mudará muito a "igualdade" de nossa fala em relação às demais falas.
Nem usarei o argumento de que nós, brasileiros, não falamos mais o Português, visto que as diferenças entre nossa língua e a de nossos primeiros colonizadores é maior que o Grand Canyon, e que falamos Brasileiro, isso nós já estamos carecas de falar e saber. Eu, como autor de blog, de texto, como estudante, como cidadão, sou contra a existência de tal acordo e sinto vergonha, sim, VERGONHA, de que a ideia (escrito conforme a gramática de vocês) de que todos países lusófonos falem a mesma língua tenha passado pela cabeça de vocês. É lamentável, vergonhoso e humilhante. E ainda sim os parabenizo, pois vocês conseguiram firmar um acordo onde todos os países lusófonos falam uma mesma língua de uma forma igual. Igual, só que diferente...